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Auditoria ao Centro Hospitalar do Médio Tejo detectou gastos “exagerados” em serviços jurídicos

A auditoria em curso ao Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) revelou um gasto de 250 mil euros/ano com serviços jurídicos, um valor que fonte hospitalar disse à agência Lusa ser difícil confirmar. Segundo a fonte, a prestação do serviço não está discriminada, sendo por isso “difícil de controlar” os valores que considera “exagerados”, sobretudo tendo por referência o contrato feito pela actual administração.A fonte adiantou que a administração do CHMT decidiu avançar para uma segunda fase da auditoria por existirem “indícios” da existência de procedimentos menos correctos na contratualização de serviços externos.A actual administração do CHMT encontrou um défice acumulado de 160 milhões de euros, dos quais 60 milhões em dívida a fornecedores, tendo apresentado, em Janeiro último, um plano de reorganização para conseguir controlar o défice num prazo de três anos.A realização da auditoria foi anunciada no mesmo dia em que o plano foi apresentado publicamente, tendo então o presidente do conselho de administração, Joaquim Esperancinha, admitido a possibilidade de remeter matéria de facto para o Ministério Público, para eventual apuramento criminal de responsabilidades.Comissão de utentes quer debater prestação de serviços de urgênciaEntretanto a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) pediu uma reunião “urgente” ao presidente do conselho de administração do CHMT para debater a prestação de serviços de urgência. Em comunicado, a CUSMT afirma terem chegado ao seu conhecimento “casos em que não está assegurado o acesso dos utentes em tempo útil e com qualidade”, apesar dessa ter sido uma das situações alegadamente acauteladas no processo e reorganização do serviço de urgências do CHMT.“Infelizmente, os casos que nos têm sido relatados, alguns com desfecho dramático, provam que os doentes e familiares estão a ser sujeitos a sofrimentos que poderiam ser evitados”, afirma a CUSMT.Contudo, Joaquim Esperancinha disse que, tirando a situação de “pico” na procura das urgências registada em todo o país, que foi sentida de forma “anómala e pontual” no Hospital de Abrantes, “não há congestionamento” nas urgências do centro hospitalar.O CHMT integra os hospitais de Torres Novas, Tomar e Abrantes, tendo concluído no passado dia 1 de Março um processo de reorganização que passou, nomeadamente, pela concentração das urgências médico-cirúrgicas em Abrantes, ficando as outras duas unidades apenas com urgências básicas, apoiadas por viaturas de Suporte Imediato de Vida.Em constituição está o Conselho Consultivo do CHMT, que vai ser presidido pelo médico cardiologista João Queirós e Mello, tendo os utentes designado já os seus representantes, Manuel José Soares e José Rainha.

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