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Director clínico do CHMT critica e esclarece deputado do Bloco

Paulo Vasco acusa João Semedo de tecer considerações deselegantes, ligeiras e superficiais sobre a administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo e a reorganização de serviços implementada recentemente.

É uma carta de médico para médico, mas também de director clínico do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) para deputado do Bloco de Esquerda à Assembleia da República. O clínico Paulo Vasco escreveu ao parlamentar João Semedo refutando a “forma ligeira, superficial e, por vezes, desnecessariamente deselegante” com que “repetidamente” o político bloquista se tem referido nas suas intervenções à administração do CHMT e contrapõe com esclarecimentos às questões levantadas pelo Bloco.O director clínico refere que - ao contrário do que João Semedo escreve no requerimento entregue na Assembleia da República dirigido ao Ministério da Saúde - o plano de reorganização do CHMT não fecha alguns serviços nem desqualifica os serviços de urgência dos Hospitais de Tomar e de Torres Novas, mas sim transfere e concentra enfermarias e executa o despacho que prevê a requalificação dos serviços de urgência.Reorganização já era discutida há 10 anosPaulo Vasco sublinha ainda que o plano de reorganização teve um debate prévio com os serviços envolvidos nas mudanças mais significativas e considera que as decisões “não têm” - mais uma vez contrariamente do que escreveu o deputado - “qualquer impacto na acessibilidade das populações aos serviços, e a terem, nomeadamente na urgência, será francamente positivo”.Na carta a que O MIRANTE teve acesso, Paulo Vasco esclarece ainda João Semedo que a discussão sobre a necessidade de reorganizar o CHMT já decorre pelo menos há 10 anos nessa comunidade hospitalar. “O colega fará a gentileza de considerar, portanto, que estas decisões não foram tomadas de ânimo leve, nem são, obviamente, fundamentadas em Powerpoints de 5 páginas”, como insinuou o deputado.Paulo Vasco recomenda ainda a João Semedo que leia os relatórios da Inspecção Geral de Finanças e do Tribunal de Contas sobre o CHMT “se quiser conhecer melhor algumas personagens que hoje actuam nos fóruns em que participa” e “sobre os meandros e toda a teia de interesses que conduziram ao planeamento, construção e equipamento do Hospital de Tomar”.E o director clínico não acaba sem deixar um conselho ao seu “colega” em jeito de receita: “Admito que não é nada fácil entender toda a complexidade deste processo. Mas devemos, todos, ser exigentes e rigorosos, evitando a ligeireza e a superficialidade, sobretudo se pretendemos estar informados e ter convicções fundamentadas”.Recorde-se que no requerimento enviado ao Ministério da Saúde, para além das considerações feitas sobre a reorganização do CHMT, onde referia que “diversas mudanças são muito controversas e geram fundadas dúvidas quanto aos seus resultados”, João Semedo solicitava acesso aos estudos preparatórios e estudos prévios realizados que conduziram ao plano de reorganização do CHMT.

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