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Foi do escritório de advogados de Santarém que saiu pedido de dinheiro pela aprovação do Freeport

Testemunhas negaram a autoria do documento e não se lembravam se o pedido era em euros ou escudos

Albertino Antunes e José Francisco Gandarez foram ouvidos pelo tribunal e após algumas contradições e faltas de memória foi possível determinar que o documento foi enviado do escritório onde trabalhavam.

O advogado Albertino Antunes admitiu em tribunal que foi do seu escritório que saiu um documento em que era pedido dinheiro para aprovar, em 48 horas, o projecto Freeport em Alcochete. Após algumas contradições e de ter sido confrontado com o documento que está no processo, o advogado, com ligações a Santarém, aceitou que o documento tenha saído do escritório onde era associado, que fez trabalhos para a Smith & Pedro, consultora do grupo Freeport, mas não conseguiu explicar se a quantia aí mencionada de 1,250 milhões se referia a escudos ou euros, tendo também negado a autoria do mesmo.Segundo as edições da TVI 24, o jornal Correio da Manhã e revista Sábado, de 22 de Março, a sociedade de advogados de que faziam parte Albertino Antunes e José Francisco Gandarez, também com ligações a Santarém, prometia a viabilização do projecto Freeport e mencionava a já referida importância. A proposta foi feita dois dias antes do chumbo do projecto pelo então secretário de Estado do Ambiente.José Gandarez é natural de Santarém, onde é eleito da assembleia municipal pelo PSD, desempenhando o cargo de primeiro secretário da Mesa. Albertino Antunes foi um dos fundadores do jornal O Ribatejo. À altura do envio do fax (Dezembro de 2001) José Gandarez já não era sócio do escritório de advogados, de onde se desvinculara, apesar de o seu nome constar ainda à data no nome da firma.O processo relativo ao centro comercial Freeport de Alcochete está relacionado com alegadas suspeitas de corrupção no licenciamento daquele espaço, em 2002, quando o anterior primeiro-ministro, José Sócrates, era ministro do Ambiente. Neste momento, o processo tem dois arguidos: Charles Smith e o seu antigo sócio na empresa de consultoria Manuel Pedro, que serviram de intermediários no negócio do espaço comercial.

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