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Cooperativas do Ribatejo e Oeste unem-se para ganhar dimensão e competitividade

Cooperativas do Ribatejo e Oeste unem-se para ganhar dimensão e competitividade

Agrocamprest, Cadova, CDA e Benagro uniram-se na Univegetal - União Agrícola de Cereais e Hortícolas, que tomou posse sexta-feira, em Santarém. O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, diz que a tutela dará prioridade a projectos de organizações agrícolas no próximo plano de desenvolvimento rural.

Quatro cooperativas do Ribatejo e Oeste juntaram esforços para melhor tirarem partido das oportunidades do mercado e ganharem dimensão através da Univegetal - União Agrícola de Cereais e Hortícolas, UCRL. O acto de constituição e tomada de posse dos corpos gerentes da sociedade decorreu sexta-feira, na sala da administração do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, numa cerimónia apadrinhada pelo secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.É como organização de cooperativas que a Univegetal - constituída pela Agrocamprest - Cooperativa Agrária de Compra, Venda e Prestação de Serviços, de Arruda dos Vinhos; a Benagro - Cooperativa Agrícola de Benavente; a Cadova - Cooperativa Agrícola do Vale de Arraiolos, da Chamusca; e a CDA - Cooperativa de Desenvolvimento Agrícola, de Santarém - quer tirar mais valias dos seus diferentes ramos de negócios e da experiência que detém cada cooperativa nas suas áreas de actuação. Ganhar dimensão, obter preços em escala mais favoráveis, melhores factores de produção e condições de financiamento e apoios públicos para projectos que venham a apresentar são mais valias previstas.No terreno, João Amaral Neto, presidente da Cadova e presidente recém-empossado da Univegetal, identificou quatro prioridades para a região. A criação de uma unidade de recolha, secagem e armazenagem de cereais na Lezíria do Tejo é uma das necessidades para quem procura aumentar as áreas de milho e girassol e cereais de pragana sem ter onde entregar e armazenar grande produção. “Já temos o síndrome do silo cheio. Tem que haver dimensão, já que os utilizadores são mais sensíveis ao preço do que à origem do trigo. Por isso deve haver uma unidade localizada”, explicou o presidente da direcção da Univegetal. O arroz é outro sector que precisa de uma unidade de recolha, secagem, classificação e armazenagem de grande dimensão, numa cultura em crescimento na região. Desenvolver o sector hortofrutícola na vertente horto-industrial, estimular as culturas ligadas à exportação e voltar a analisar a possibilidade de produção de bioetanol como combustível alternativo, produzido a partir de matérias-primas e biomassas, são as propostas com primazia para a nova organização de produtores. Pedro Maria Seabra, presidente da CDA e vogal da Univegetal, considera que o passo dado em termos de associativismo é a excepção à regra num país onde impera o individualismo. “Através da união de esforços de várias organizações podemos conseguir actuar de uma maneira mais eficiente e mais interessante para os seus associados. Para uma cooperativa de compra e revenda, poder-se comprar com dimensão e volume para vender melhor, com capacidade comercial e logística nos melhores momentos do mercado é essencial”, exemplificou a O MIRANTE.José Diogo Albuquerque ouviu argumentos e reconheceu que é decisivo ganhar escala quando se quer ganhar mercado e exportar no mundo agrícola. “O Ministério da Agricultura dará prioridade a projectos das organizações de produtores e às fusões que ocorram entre produtores para criar sinergias no próximo programa de desenvolvimento rural. É clara a vantagem negocial destas organizações para conseguir factores de produção, armazenagem ou ter secadores conjuntos”, comentou o secretário de Estado.O presidente da Univegetal diz que as palavras do governante foram encorajadoras. “Cabe-nos passar das intenções aos actos, formalizar projectos e até ter capacidade instalada, o que leva mais de um ano”, referiu a O MIRANTE, considerando que em 2013 deverá haver novidades quando ao projecto que a Univegetal irá dar primazia, por acordo entre os seus associados.Os órgãos sociais da UnivegetalJoão Amaral Neto, presidente da Cadova, lidera a direcção da Univegetal. Tem na direcção o vice-presidente Luís do Vale Alenquer (Agrocamprest), o tesoureiro Joaquim Louro Cabeça (Benagro) e os vogais Pedro Maria Seabra (CDA) e Vasco Duque dos Reis (Cadova). João Machado (Agrocamprest) preside à assembleia-geral, órgão onde estão representados o vice-presidente Júlio Fonseca Potes (CDA) e o secretário João Maria Tomaz (Cadova). Pedro Ribeiro Correa (Agrocamprest) é o presidente do conselho fiscal, sendo coadjuvado pelo vice-presidente Vasco da Câmara Borba (CDA) e pelo vogal Eusébio Abreu Domingos (Benagro).
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