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Exportação continua a ser decisiva para empresas obterem incentivos

Exportação continua a ser decisiva para empresas obterem incentivos

Muitos empresários deslocaram-se ao núcleo da Nersant do Sorraia, em Benavente, para obterem mais esclarecimentos sobre os Sistemas de Incentivos do QREN e sobre os concursos dos Sistemas de Incentivos abertos.

A componente de exportação das empresas nacionais continua a ser muito importante para a obtenção de sistemas de incentivo ao seu negócio. Os novos concursos abertos para incentivo ao desenvolvimento empresarial, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) levaram a Autoridade de Gestão do INALENTEJO - Programa Operacional Regional do Alentejo, a realizar uma uma sessão de esclarecimento no núcleo da Nersant do Sorraia, em Benavente, no dia 27 de Março. “Nunca estivemos tanto tempo sem incentivos do QREN, mas ainda bem que chegaram. Travámos lutas titânicas para que as empresas que não eram exportadoras conseguissem também candidatar-se. Finalmente conseguimos”, começou por dizer a presidente da Nersant, Maria Salomé Rafael. Mesmo assim a componente de exportação continua a ser decisiva em termos de obtenção de sistemas de incentivo, como salientou logo de seguida António Costa da Silva, presidente da Comissão Directiva do INALENTEJO. “Este instrumento de apoio às empresas no âmbito do QREN é uma das poucas formas que existem hoje de gerar alguma liquidez na economia. A componente de exportação continua a ser muito importante”, acentuou. No âmbito dos incentivos esta é a maior dotação de sempre que o Programa Operacional Regional do Alentejo põe à disposição dos empresários. Trata-se de cerca de 40 milhões de euros. “O Programa Operacional Regional do Alentejo tem uma taxa de compromisso de 96 por cento, o que significa que os empresários têm aderido, mas ainda precisamos de continuar a caminhar”, salientou António Costa da Silva. O responsável chamou ainda a atenção para a importância que os empresários representam na economia: “Tendo em conta a actual conjuntura não será o Estado a criar empregos. Os empresários são essenciais para gerarem riqueza e criarem emprego”. Está a ser pensada uma reprogramação estratégica do QREN, mas segundo António Costa da Silva tudo o que tem a ver com o estímulo da actividade económica continuará a ser contemplado. Pedro Cilínio, da direcção de gestão de incentivos e créditos do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI), chamou a atenção para um dos pontos essenciais de um projecto. “É preciso antes de tudo identificar bem qual é o modelo de negócio, o que traz as vendas à actividade da empresa. Quando alguém olha para um projecto deve perceber em primeiro lugar o que gera dinheiro”, explicou, antes de enumerar uma série de aspectos mais técnicos dos projectos para serem elegíveis.Um exemplo que veio da ChamuscaPor fim, Nuno Castelão, da empresa de comunicação e artes gráficas - César Castelão & Filhos, Lda. explicou o percurso da empresa que recorreu aos sistemas de incentivos. Fundada em 1929 na Chamusca a empresa familiar tinha como marca uma linha de continuidade que trouxe alguma estabilidade ao negócio. Na passagem da segunda para a terceira geração, um período de estagnação conduziu a empresa a uma má situação. Estava-se na década de 90 quando começaram a aparecer os fundos do IAPMEI. “Começamos a definir uma estratégia sobre o que queríamos ser dali a cinco anos. É muito importante olhar para a empresa no futuro”, referiu. Depois de identificar as áreas onde queria investir, recorreu a fundos comunitários, a crédito e aos próprios fundos. A estratégia era crescer e recuperar em cada sector. “Preferimos um investimento a 10 anos do que estarmos a investir em recursos que se tornariam obsoletos num curto espaço de tempo”. Seguiu-se depois o salto para a internacionalização. Nuno Castelão terminou a intervenção referindo que o apoio através dos incentivos foi o sistema mais vantajoso que teve. A INALENTEJO está a realizar sessões em cada NUT III (Unidade territorial para fins estatísticos) da Região Alentejo. “Temos a noção que a iniciativa empresarial e o empreendedorismo na zona da Lezíria são uma das riquezas desta região”, acrescentou António Costa da Silva.
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