As piscinas Baptista Pereira do Alhandra Sporting Clube (ASC), de Alhandra, concelho de Vila Franca de Xira, só continuam em funcionamento graças à caridade dos fornecedores. O clube, responsável por formar os principais campeões nacionais de triatlo, está a atravessar severas dificuldades financeiras e todos os meses faltam 1500 euros para pagar as contas de água, luz e gás. Se a situação se mantiver durante mais tempo o clube não terá alternativa senão fechar o equipamento.Por enquanto os fornecedores têm compreendido o problema do ASC mas de um dia para o outro, avisa o presidente Rui Macieira, “a compreensão acaba” e a estrutura fecha portas. Se isso acontecer aquelas piscinas - que custaram 2 milhões de euros em 2002 - deixam sem alternativas na freguesia os 600 utentes que actualmente a usam, incluindo idosos com mobilidade reduzida.Desde Outubro do ano passado que os dirigentes têm chamado a atenção para o problema, na esperança de receber em ajuda da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Fartos de não receberem respostas decidiram ir à última reunião pública do executivo, realizada na Sociedade Euterpe Alhandrense, para pedir pessoalmente ajuda à presidente, Maria da Luz Rosinha (PS).“Estamos nesta situação há muito tempo e o clube atravessa um dos maiores problemas da sua história. Precisamos de todo o apoio que conseguirmos arranjar”, disse Rui Macieira. Em resposta a presidente Maria da Luz Rosinha informou que o município vai sempre estar do lado das associações e tudo fará para ajudar. Mas ajudar, ressalvou, não passa apenas por dar dinheiro.“Reconhecemos a importância do clube e tudo o que tem feito pelo triatlo nacional e pelo concelho. Por isso a câmara já disse que, caso as piscinas Baptista Pereira fechem, iremos garantir que os atletas do ASC possam utilizar as piscinas municipais de Vila Franca de Xira para que as suas carreiras não fiquem em risco”, informou. A autarca garantiu ainda que o município terá à disposição do clube uma equipa de técnicos prontos a dar assistência no processo de desactivação das piscinas, caso isso seja necessário. “Dessa forma poderá garantir-se que as piscinas não sofrem danos no seu encerramento para poderem voltar um dia a serem reabertas”, explicou. A câmara e o clube comprometeram-se a reunir até ao final do mês numa tentativa de encontrar uma solução para o problema.