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Ex-ciclista Gonçalo Amorim encontrado morto na sua casa em Santarém

O corpo foi encontrado depois de colegas e amigos terem dado pela sua falta no local de trabalho

Como profissional do ciclismo participou na Volta à Espanha, nos Campeonatos do Mundo e nos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas (Grécia), representando Portugal. Em 2009 candidatou-se à Junta de Freguesia do Cartaxo, cidade de onde era natural.

O ex-ciclista Gonçalo Amorim, 39 anos, foi encontrado morto na sua casa na noite desta terça-feira, 1 de Maio, em Santarém. O corpo foi encontrado depois de colegas e amigos terem dado pela sua falta no Centro Nacional de Exposições e Máquinas Agrícolas (CNEMA) onde trabalhava e onde está a decorrer a Semana Académica de Santarém. No local estiveram presentes elementos dos bombeiros, Polícia Judiciária e o INEM.Ciclista durante cerca de duas décadas, Gonçalo Amorim deixou as bicicletas em 2005, quando integrava a equipa da Milaneza/Maia, tendo sido um ano depois director desportivo adjunto da equipa de ciclismo do Sport Lisboa e Benfica. Natural do Cartaxo, em 2009, candidatou-se à junta de freguesia da sua terra, pelo PSD.Em entrevista a O MIRANTE (ver edição 28-12-2005), Gonçalo Amorim garantia que conseguiu tudo o que queria na sua carreira de ciclista. Apenas lhe faltou uma participação na Volta à França. “De resto consegui tudo o que sempre sonhei”, afirmava.A participação na Volta à Espanha, nos Campeonatos do Mundo e sobretudo nos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas (Grécia), são momentos que Gonçalo Amorim não esquecia. “Foram na realidade grandes momentos. Com 20 anos apenas estive na Volta a Espanha com os grandes nomes do ciclismo de então. Miguel Indurain, Jalabert e muitos outros. Na altura era o ciclista profissional mais novo do pelotão internacional”, destaca o ciclista.Por isso, e apesar de não ter grandes vitórias individuais, Gonçalo Amorim foi sobretudo um trabalhador de equipa. “Fazia o que gostava e sentia-me bem nessa missão de colaborar com os meus companheiros de equipa. No meio do pelotão era um líder, fazia a ligação entre os vários componentes do grupo e consegui importantes vitórias com isso”.Gonçalo Amorim garantia por isso que nunca se sentiu diminuído por ter feito a carreira de trabalhador do colectivo. Pelo contrário, dizia que teve sempre imenso prazer ao fazer esse trabalho. “Estava num desporto colectivo e onde todos são precisos e têm a sua cota parte nos êxitos. E eu sinto que fui peça importante em todas as grandes vitórias das equipas por onde passei”, dizia com orgulho.Apesar de ser um ciclista que trabalhava sobretudo em prol do colectivo, Gonçalo Amorim contava também com algumas vitórias individuais. E acabou por se despedir em beleza como é usual dizer-se. No seu último ano como ciclista profissional foi o grande vencedor da Volta ao Minho.

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