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Novos hortelões de Rio Maior podem começar a cultivar hortas municipais

Novos hortelões de Rio Maior podem começar a cultivar hortas municipais

Trinta e uma das 44 parcelas de terreno para cultivo disponibilizadas pelo município já têm dono.

Trinta e uma das 44 parcelas de terreno que a Câmara de Rio Maior disponibiliza no projecto “Horta Maior” já têm inscritos e alguns já assinaram os contratos que lhes permitem começar a cultivar a terra desde já. Cada hortelão dispõe de um talhão com 40 metros quadrados de área dos 44 distribuídos para o projecto num terreno de cerca de 1.800 metros quadrados situado junto ao rio Maior e ao estaleiro da junta de freguesia. As inscrições e a exploração das parcelas são gratuitas.Maria da Encarnação, de Rio Maior, cultiva uma pequena horta num quintal de casa e quis aproveitar a disponibilidade de terreno público para plantar mais produtos. “Vou cultivar tudo o que puder, couves, alfaces e outras coisas com a ajuda dos filhos”, referiu a O MIRANTE, lembrando que aprendeu em miúda a trabalhar com a enxada. “O primeiro brinquedo que tive foi um pequeno sacho que a minha mãe me deu”, revelou.Joaquim Espírito Santo, da Freiria, foi agricultor de profissão e continua a plantar. Desta feita, quis aproveitar as boas condições do local escolhido para as hortas comunitárias. “Ali tenho chão e água com o rio ali ao lado, pois tenho uma bomba a motor. Vou cultivar feijão, alface, couves, batata doce e outros produtos”, dizia na companhia da esposa, salientando que é tudo para consumo próprio.O terreno tem o formato de um longo rectângulo, com cada talhão a ter uma área de cerca de 5 metros de largura por 8 de comprimento. Pinos de madeira marcam as divisórias entre as parcelas. Cada agricultor pode aceder a um pequeno arrumo fechado para guardar material e existe ainda uma zona para quem quiser fazer compostagem dos resíduos orgânicos.O presidente da Junta de Rio Maior, Filipe Santana Dias, quis dar o exemplo e também teve direito a um talhão. “Faço-o por uma questão simbólica mas também como um incentivo e pedagogia a que mais pessoas participem. Também o faço pela minha filha de cinco anos e pelo meu sobrinho de oito anos para verem como nascem os produtos da terra”, conta o autarca, prometendo cultivar um pouco de tudo, da alface ao tomate.O Centro de Educação Especial “O Ninho” também vai ter o seu talhão, dirigido aos jovens utentes da instituição, mais por questões lúdicas e pedagógicas do que para consumo da casa, como reconheceu o seu presidente, Alberto Barreiros. “Temos uma pequena estufa e vamos aproveitar para produzir alface e ervas aromáticas”. Do contrato estabelecido entre o município e os novos agricultores resulta um vínculo de um ano que pode ser renovado anual e sucessivamente. Está previsto, entre outras normas, que o município disponibilize o espaço, arrumação e irrigação. Para a presidente da autarquia, Isaura Morais, o projecto “Horta Maior” vem proporcionar momentos de lazer, práticas ambientais e de poupança de custos a quem se dedicar a cultivar produtos para consumo próprio. “Estão atribuídos desde já cerca de 70 por cento dos talhões previstos para o projecto. Desejo a todos os hortelões boas culturas. Será um contributo para a economia familiar, a promoção de hábitos de consumo sustentáveis e sã ocupação de tempos livres”, comentou Isaura Morais.
Novos hortelões de Rio Maior podem começar a cultivar hortas municipais

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