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Empresário de Santarém detido por tráfico de droga fica em prisão preventiva

Empresário de Santarém detido por tráfico de droga fica em prisão preventiva

José Vitorino tinha sido absolvido em 2010 pelo Tribunal de Santarém que não encontrou provas

O empresário que explora o bar no miradouro de São Bento, em Santarém, vai ficar a aguardar julgamento em prisão preventiva depois de ter sido detido juntamente com mais seis cúmplices indiciado de vender droga em Santarém e Lisboa

O empresário que explora o bar no miradouro de S. Bento em Santarém, que tinha sido absolvido há dois anos pelo Tribunal de Santarém pelo crime de tráfico de droga, foi agora detido novamente pelo mesmo crime e está em prisão preventiva a aguardar julgamento. José Vitorino foi detido no âmbito de uma investigação da PSP de Lisboa que fez várias buscas em Santarém e deteve mais seis alegados cúmplices do empresário que está indiciado também no caso da máfia do Oeste por crimes de detenção de arma proibida, receptação e falsidade de documento.Vitorino é suspeito de ser o cabecilha de uma rede que se dedicava ao tráfico de droga nas zonas de Santarém e Lisboa. Já em 2010, no processo no Tribunal de Santarém que culminou com a sua absolvição, o empresário era acusado de associação criminosa por liderar uma rede de tráfico. Situação que não ficou provada. Na altura o dono do bar tinha sido detido pela Polícia Judiciária. Agora a PSP levou meses a vigiar os seus passos e ligações, tendo recorrido a escutas telefónicas.A operação da PSP, que decorreu entre as 21h55 de quarta-feira, 2 de Maio, e as 03h45 de quinta-feira, 3 de Maio, resultou na apreensão de mais de 16 quilos de haxixe, com valor aproximado de 40 mil euros, 500 gramas de cocaína (com valor a rondar os 14 mil euros), quatro viaturas, quatro caçadeiras e uma pistola. Foram ainda apreendidos 19.680 euros em dinheiro, quatro balanças de precisão, diversa documentação e vários objectos utilizados na preparação e corte de droga. A operação policialNuma conferência de imprensa realizada em Lisboa, o subintendente Resende da Silva, da Divisão de Investigação Criminal da PSP, disse aos jornalistas que esta rede operava essencialmente em Santarém e em parte de Lisboa, onde vendia haxixe e cocaína a intermediários e não ao consumidor final.Recorde-se que em 2010 o Tribunal de Santarém não deu como provado que Vitorino vendesse os produtos estupefacientes no bar que explora. Para esta decisão contribuiu o facto de nas buscas feitas pela Polícia Judiciária não ter sido encontrada droga na sua posse. Este processo tinha seis arguidos, tendo sido condenados dois dos elementos. Um era um empregado que trabalhava no bar do empresário e que apanhou sete anos e dez meses de prisão por tráfico e detenção de arma proibida. O outro suspeito foi condenado em cinco anos e seis meses por tráfico de droga.O empresário e o empregado do bar já tinham sido condenados em 2001 por crimes anteriores tendo sido colocados em liberdade condicional em 2007. José Vitorino tinha sido condenado por tráfico na pena de oito anos e seis meses de prisão e o empregado por homicídio na pena de prisão de 10 anos e três meses. Actualmente estava com a medida de coacção de apresentações quinzenais na polícia enquanto aguardava o julgamento do caso Máfia do Oeste, no qual o principal arguido é Giovanni Lore, apontado como um dos líderes da máfia siciliana.
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