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Finalistas de artes mostram o que valem antes de ingressarem no mercado de trabalho

Finalistas de artes mostram o que valem antes de ingressarem no mercado de trabalho

“Next 53” é o título da exposição, agregada ao Artec’ 2012, que foi inaugurada a 10 de Maio, na Galeria do Centro de Arte e Imagem do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), na Avenida Cândido Madureira, em Tomar. À abertura compareceram dezenas de convidados, entre professores, familiares e amigos dos 53 alunos finalistas da Licenciatura em Design e Tecnologia das Artes Gráficas, leccionada na Escola Superior de Tecnologia. Numa sala apensa, simultaneamente, também foi inaugurada a 6.ª exposição colectiva dos cursos superiores de Artes Plásticas - Pintura e Intermédia, Fotografia e Cinema Documental. Ambas podem ser visitadas até 17 de Junho, sendo a entrada livre. Todos os alunos de artes com quem O MIRANTE falou nesta noite reconhecem que não é fácil sobreviver da arte em Portugal e colocam a hipótese de vir a trabalhar noutras áreas em paralelo para pagar as contas ao fim do mês. É o caso de Rui Sousa, 21 anos. “Move-nos a vontade de criar ou ajudar alguém a criar. Infelizmente, em Portugal o desenho ainda é subestimado mas temos que mostrar que design é mais do que saber desenhar”, refere, acalentando o desejo de trabalhar na indústria gráfica. Também Inês Beja, de Santarém, finalista do curso de Fotografia, é realista. “Sei que vai ser muito difícil ganhar dinheiro com o meu trabalho autoral. O que posso fazer é arranjar um emprego, como fotografar casamentos, que me pague as contas e, nos tempos livres, produzir para mim”, sustenta. Sandro Ferreira, 37 anos, terminou há dois anos o curso de Artes Plásticas e Pintura Intermédia e trouxe a este espaço “Miseráveis e Inúteis”, uma instalação representativa da Guerra do Ultramar. “É um tipo de curso que quando se acaba temos que nos mexer porque não há empresas de artistas plásticos. Faço-o por gosto. Qualquer pessoa que tenha uma veia artística sente essa necessidade”, refere. O presidente do IPT, Eugénio Pina de Almeida, mostrou-se satisfeito pelo facto da Galeria do Centro de Arte e Imagem do IPT, criado há três anos, ter conseguido concretizar os objectivos inicialmente propostos que era o de ser “a rampa de lançamento” dos alunos finalistas, que aqui podiam mostrar à comunidade, e também a potenciais empregadores, o seu talento. “Este espaço está aqui para que se sirvam dele, para ajudar a construir o vosso futuro”, disse.
Finalistas de artes mostram o que valem antes de ingressarem no mercado de trabalho

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