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Sector da cortiça tem contribuído para o dinamismo económico de Coruche

Sector da cortiça tem contribuído para o dinamismo económico de Coruche

Produtores investem na renovação dos montados e empresas interessadas em instalar-se no concelho

A Câmara de Coruche organiza uma feira única no mundo dedicada à cortiça, mas não se fica pela promoção do produto e do sector. Aposta também na valorização de um dos sectores que mais tem contribuído para o dinamismo económico do concelho e este ano iniciam-se pela primeira vez cursos para quem trabalha na floresta.

O sector da cortiça tem sido um dos mais importantes motores de desenvolvimento económico do concelho de Coruche, o maior produtor mundial. A crise económica não se tem feito sentir por terras do Sorraia, onde os produtores estão cada vez mais a investir no montado, com a renovação dos existentes e novas plantações, e onde há perspectivas de instalação de novas empresas. Para este dinamismo tem contribuído em grande parte uma feira que pelo seu modelo é única no mundo: a FICOR - Feira Internacional da Cortiça. Uma aposta da câmara municipal. Para o presidente do município, Dionísio Mendes (PS), apesar de algumas pequenas empresas de outros sectores passarem por dificuldades, em Coruche existem três fábricas de cortiça que empregam cerca de 500 pessoas e que não têm registado quebras de produção. E até há boas notícias para os produtores. “Estamos à beira de uma nova campanha e prevê-se que o preço da cortiça seja mais elevado que no ano passado”, refere o autarca, recordando que os anos de 2008 e 2009 foram de contraciclo com a cortiça desvalorizada. Segundo Dionísio Mendes existem neste momento intenções para a instalação de mais empresas da área no concelho. Uma delas, com sede em Santa Maria da Feira, já comprou dois lotes na zona industrial e pretende, para já, montar uma unidade de preparação de cortiça, mas há a perspectiva que venha a localizar em Coruche também uma unidade de transformação. O autarca revela ainda que existe uma outra proposta de uma empresa da área. “Estamos a sentir que há empresas do norte do país que querem aproximar-se do sul, das zonas de produção”, salienta o presidente da câmara. Uma situação que vai contribuir ainda mais para o desenvolvimento económico do concelho. A Câmara de Coruche não se tem limitado a promover este sector estratégico e no âmbito de um protocolo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional e o Centro de Formação Profissional da Indústria de Cortiça está a trabalhar na valorização dos recursos humanos. Nesse sentido vão avançar cursos de formação para operadores corticeiros, em Setembro, e para quem trabalha no sector florestal. “Até agora não havia formação para quem trabalha na floresta”, realça Dionísio Mendes. A Câmara de Coruche está envolvida no processo de candidatura do montado de sobro a património universal da Unesco. O projecto vai ser apresentado durante a FICOR. Dionísio Mendes destaca na feira deste ano a aposta nas novas aplicações da cortiça em diversas áreas. Vão ser apresentadas no certame bolas de futebol à base de cortiça e canoas de uma empresa portuguesa que incorporam este produto.
Sector da cortiça tem contribuído para o dinamismo económico de Coruche

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