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A empresária que encontrou na estética a sua principal vocação

A empresária que encontrou na estética a sua principal vocação

Sónia Maria Sobral percorreu vários empregos ao longo da vida

Quando era criança sonhava ser bailarina, farmacêutica e assistente de bordo. A vida trocou-lhe as voltas mas não a desviou da ambição de servir os outros. Em 2009, sem dinheiro e sem apoios, arriscou abrir um gabinete de estética em Castanheira do Ribatejo, concelho de Vila Franca de Xira. Hoje já emprega três pessoas.

O percurso profissional de Sónia Maria Sobral é cheio de altos e baixos e um final feliz. Esta é a história de uma mulher que sonhava ser bailarina, farmacêutica e assistente de bordo. A vida trocou-lhe as voltas mas não a desviou da sua ambição de servir os outros.É filha de pais ricos que perderam tudo para regressar a Portugal no fim da guerra colonial. Trabalhou nos departamentos administrativos de várias fábricas da região. Um curso na Escola Europeia de Estética abriu-lhe horizontes e deu-lhe um emprego de sonho. Entretanto a vida pessoal deu um tombo com o nascimento do primeiro filho, viu-se sem trabalho e sem casa, regressou a Castanheira do Ribatejo, concelho de Vila Franca de Xira, e decidiu arriscar num negócio. Hoje emprega três pessoas.Sónia Sobral, 41 anos, nasceu em Luanda. O seu pai era farmacêutico e o seu grande modelo de vida. “Costumo dizer que nasci rica, com uma situação confortável. Quando tivemos de regressar a Portugal perdemos tudo, chegámos cá sem nada”, lamenta. Tinha seis anos na altura. “Os miúdos tratavam muito mal os retornados. Aquela foi uma fase muito complicada”, confessa. O pai ficou em África a tentar amealhar algum dinheiro, enquanto a mãe se instalou na Castanheira. Sónia queria ir para a faculdade e por isso começou a trabalhar cedo. O seu primeiro emprego foi na área administrativa de uma cerâmica no Carregado. Depois passou por uma empresa de recrutamento de pessoal em Lisboa e por uma empresa de segurança.“Entrei como recepcionista e fui sempre subindo, primeiro para o sector administrativo, técnico e terminei no apoio a clientes. Isso deu-me bagagem para aquilo que faço hoje”, conta a O MIRANTE.Ainda passou por outras duas empresas antes de agarrar o seu sonho. Um dia abriu o jornal e viu um curso que sempre a cativou: um curso de estética em Lisboa. “Depois de tirar o curso, ao fim de 2 ou 3 meses fui convidada para ser formadora na escola. Foi um grande orgulho”, refere. Começou a dar aulas em Lisboa e Cascais. Com o nascimento do seu primeiro filho começaram os problemas pessoais e em pouco tempo a vida deu uma reviravolta. Foi obrigada a voltar para casa dos pais na Castanheira. “Perdi tudo e comecei do zero outra vez”, lamenta.Começou por alugar um gabinete dentro de um cabeleireiro. Era independente, pagava o aluguer e fazia o seu próprio horário, explica. Ao fim de ano e meio encontrou um estabelecimento livre e decidiu arriscar. Em Julho de 2009 abriu o seu próprio gabinete na rua D. António de Ataíde, na Castanheira. O volume de trabalho foi sempre crescendo e hoje já emprega três pessoas. Têm clientes de vários pontos da região. A vergonha ainda impede muitos clientes da Castanheira de aparecer. Mas a qualidade do serviço já ganhou fama fora da freguesia.“Fazemos maquilhagem, manicure, pedicure, epilação (arranque de pêlos), massagem, tratamentos de rosto e corpo”, informa. Diz que arrancou com o negócio sem ajuda. Começou com uma marquesa e o resto foi comprando hà medida que ia ganhando clientes. “Às vezes para se ter sucesso é preciso arriscar e lutar muito. É preciso acreditar no nosso valor e fazermos aquilo que gostamos”, conclui.
A empresária que encontrou na estética a sua principal vocação

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