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Há sete anos que não se realizam eleições na Fundação José Relvas

Há sete anos que não se realizam eleições na Fundação José Relvas

Manuel Miranda do Céu afirma querer sair do cargo de presidente do conselho de administração

As eleições que deviam realizar-se de três em três anos não se realizam desde 2005.

Existem empresas que fazem parte dos órgãos sociais da Fundação José Relvas que já fecharam ou faliram. Esta situação deve-se ao facto de não se realizarem eleições há sete anos, ou seja desde 2005, quando deviam realizar-se de três em três anos. Esta situação tem provocado insatisfação por parte de alguns contribuintes que demonstram o seu descontentamento durante as assembleias ordinárias. “É uma ilegalidade porque estamos a ir contra o que está escrito em testamento. Tem que haver uma forma mais rápida de conseguirmos a colaboração das repartição de finanças de Alpiarça ou de alguém do Governo interessado na legalidade do funcionamento das fundações”, explica um dos membros da assembleia a O MIRANTE.O tesoureiro do conselho de administração da fundação, Daniel Coelho, concorda que não faz sentido estar tanto tempo sem realizar eleições mas atira as culpas para as Finanças que não enviam a listagem dos novos quarenta maiores contribuintes. “O sistema de finanças está a ser lento e nada eficaz”, critica Daniel Coelho. As Finanças justificam a morosidade do processo com questões do sigilo fiscal, que obriga a que os contribuintes sejam contactados previamente para autorizarem a divulgação dos dados.Na última assembleia-geral realizada no início do mês de Maio ficou decidido fazer novo pedido às finanças para enviarem uma nova listagem. Se a listagem não aparecer, o tesoureiro do conselho de administração da Fundação José Relvas, garante que avançam com o acto eleitoral apenas com os 30 maiores contribuintes já apurados ou com os 40 do anterior triénio. Uma decisão que parece não agradar a todos os contribuintes uma vez que nos últimos três anos muitas empresas fecharam e ao avançar com esta medida a fundação continua a funcionar ilegalmente.Contactado por O MIRANTE o actual presidente do conselho de administração, Manuel Miranda do Céu (pai do ex-presidente da câmara, Joaquim Rosa do Céu) justifica o atraso de três anos na realização de eleições também com o facto das Finanças não terem ainda enviado a listagem. Segundo testamento deixado por José Relvas, são estes que integram a assembleia de contribuintes. Manuel Miranda do Céu, que também é sogro da directora da instituição, Fernanda Céu, afirma querer sair do cargo. “Estou desejoso que se façam eleições para que haja uma alteração nos órgãos da fundação”, referiu.Francisco Cunha, o anterior presidente da assembleia-geral da Fundação José Relvas, citado no último texto que escrevemos sobre o assunto (edição 26 de Abril de 2012) reafirma que “se fosse presidente da assembleia-geral da fundação” convocaria eleições. “Se fosse eu tomava a decisão de me demitir e provocar eleições, o que não significa que seja isso que a actual administração tenha que fazer”, esclarece, procurando tornar mais claro aquilo que transcrevemos no artigo já citado. O MIRANTE tentou falar com Joaquim Garrido, um dos três administradores em exercício, mas todas as tentativas saíram frustradas.
Há sete anos que não se realizam eleições na Fundação José Relvas

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