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Comandante da GNR de Coruche constituído arguido e suspenso do cargo

Comandante da GNR de Coruche constituído arguido e suspenso do cargo

O sargento Sérgio Malacão está ser investigado pela GNR e Ministério Público, tendo sido afastado das funções enquanto decorrem as investigações.

O comandante do posto de Coruche da Guarda Nacional Republicana (GNR), afastado do cargo na sequência de uma investigação desencadeada pela própria GNR, em coordenação com o Ministério Público (MP), na qual foi constituído arguido, deu conhecimento aos seus superiores do número de armas guardadas numa arrecadação do posto, cerca de 300 das mais variadas proveniências e tipos, de uma pequena quantidade de estupefaciente (haxixe) e uma réplica de arma de calibre 6.35 sem carregador numa gaveta.Fonte próxima do militar explicou que, quando este tomou posse, em Agosto de 2007, verificou que a arrecadação do posto de Coruche tinha diversas armas e munições de proveniência diversa. Adianta que Sérgio Malacão deu conta da situação numa nota interna com um descritivo das armas de diversos calibres, armas de caça, armas transformadas, apreendidas ao longo de anos e guardadas na arrecadação do posto. Garante a mesma fonte que o sargento deu a conhecer a situação ao então comandante de destacamento e que o comando distrital também ficou a saber do mesmo, quando visitou o posto. O mesmo sucede com o actual comandante de destacamento, acrescenta-se. No seu gabinete estava ainda uma réplica de arma de calibre 6.35 milímetros sem carregador.Afastado enquanto decorrem as investigações da GNR e do Ministério Público, o sargento está colocado no comando distrital de Santarém. Sobre as acusações que pendem sobre si, afirmaram a O MIRANTE que partiram de dois militares mais novos do posto de Coruche que seriam repreendidos repetidamente pelo seu comportamento e postura nas funções que desempenham. Em declarações à Lusa, o porta-voz da GNR, tenente-coronel Costa Lima não revelou de que é suspeito o comandante de posto mas explicou que, quando há dúvidas em relação a atitudes ou comportamentos de alguns militares, a Guarda toma as medidas necessárias para que essas dúvidas sejam dissipadas e se chegue à verdade.“Nesse sentido, e porque tínhamos dúvidas em relação a uma determinada situação, decidimos tomar esta decisão [afastar o comandante das suas funções] para salvaguardar o bom nome da instituição e para que o comandante possa também defender-se”, explicou.O tenente-coronel Costa Lima acrescentou que o comandante do posto da GNR de Coruche voltará a assumir as suas funções no momento em que todas as dúvidas se dissiparem, mas a mesma fonte contactada por O MIRANTE referiu que isso deverá acontecer “muito dificilmente”.Desde que tomou posse, o comandante da GNR de Coruche tem sido polémico. A sua acção é apreciada por uns por ter demonstrado pulso forte e actuado de forma mais enérgica junto da criminalidade local. Por exemplo, tem feito patrulhamento das ourivesarias da vila com dois homens colocados, diariamente ao final da tarde, junto a esses estabelecimentos. Por outro lado, também é apontado por “ferver em pouca água” e exercer o cargo com autoritarismo. Num desses exemplos, um cidadão de Coruche foi recentemente ilibado do crime de difamação quando denunciou à estrutura da GNR e, publicamente, numa assembleia municipal, o que considerou ter sido a conduta abusiva do militar no trato consigo e com a sua família quando seguia de carro e foi obrigado a parar devido a um rebanho de ovelhas que tinha invadido a estrada.
Comandante da GNR de Coruche constituído arguido e suspenso do cargo

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