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Artistas de Abrantes vão brilhar nas festas da cidade

As Festas de Abrantes, que este ano se realizam entre 14 e 17 de Junho, contam com um diversificado programa de animação onde se destaca a fadista Mariza e a forte aposta na prata da casa. Uma decisão do município em tempos de contenção que é vista com bons olhos pela voz popular.

Catarina Ramos, 39 anos, empresáriaFestas podem ser rampa de lançamento para grupos locaisCatarina Ramos, sócia gerente da escola de línguas e de estudo acompanhado “The Learning Spot”, mora na Golegã mas conhece o programa das festas do concelho de Abrantes considerando que a aposta na prata da casa é acertada. “Soube, através dos meus alunos, que a Mariza vinha cá mas acho que a câmara faz bem em apostar nos grupos locais mesmo que não sejam muito conhecidos”, refere. Na sua opinião, ao actuarem nas festas estes grupos acabam por ficar mais conhecidos junto da comunidade podendo mesmo ser esta oportunidade encarada como uma “rampa de lançamento” para a sua carreira. “Mas obviamente que se se quer chamar pessoas de fora a Abrantes, que movimentam a economia, deve-se apostar em nomes mais sonantes da música nacional”, atesta. Em relação ao investimento realizado nas margens do rio confessa que não conhece muito o Aquapolis mas sabe que o espaço é agradável para passear, dispondo ainda de um restaurante/bar, factores que podem ajudar a atrair turistas. João Alves, 27 anos, trabalhador-estudante“Câmara de Abrantes fez bem em apostar no talento regional”João Alves concorda com a existência de uma “cabeça de cartaz”, a fadista Mariza, mas considera que foi uma decisão certa a da autarquia apostar no talento local. “Acho que se deve dar uma oportunidade às nossas bandas para mostrarem o que valem. Acaba por ser a mais valia destes dias de festa”, refere, acrescentando que como estamos em época de crise convém que o orçamento das festas não seja muito elevado. Em relação à rentabilidade do investimento feito pela câmara na zona ribeirinha, o jovem, presença assídua no Aquapolis, tem uma opinião vincada. “A requalificação foi bem feita, tornou o espaço muito acolhedor e apelativo mas falta ser mais dinamizado quer pelo município ou por empresas”. João Alves considera, por isso, que deviam realizar mais actividades na zona ribeirinha para chamar mais pessoas ao local. “Temos uma praia fluvial, um rio e condições ao nivel de infra-estruturas para que o espaço fosse mais rentabilizado do que é actualmente”, atesta.Pedro Martins, 32 anos, técnico desinfestador“Programa é o mais adequado aos tempos de crise”Pedro Martins considera que, em época de crise, o programa “made in Abrantes” que foi pensado para as festas deste ano é o mais adequado, com uma artista mais conhecida a nível nacional a servir para chamar público de longe. “Penso que, tal como no ano passado, é bom colocarem os grupos a actuarem na zona histórica porque ajudam a dinamizar aquele local”. A aposta na prata da casa ajuda a divulgar o que se produz artisticamente na região, pelo que deve ser sempre uma componente a considerar nestas festas. Em relação ao investimento que foi feito na zona ribeirinha, o nosso interlocutor considera que poderia ser melhor rentabilizado. “Fizeram aposta na canoagem e em outras actividades que praticamente só se passam no Verão. Penso que deviam organizar iniciativas durante todo o ano e não só nesta época de calor porque o espaço é ideal. Temos aqui uma pousada que poderia acolher visitantes de todo o país”, considera. Isabel Pereira, 47 anos, empresária“Aposta na prata da casa é decisão acertada”Isabel Pereira, gerente da Abranlava, uma lavandaria moderna em Abrantes, concorda com a generalidade do programa das festas que foi apresentado para este ano de crise económica. “A câmara deve convidar os grupos do concelho para os dar a conhecer não só à comunidade mas também a pessoas que vêm de fora e não os conhecem”, refere a empresária. Salienta que, numa época difícil, trazer grupos de fora sai mais caro aos cofres do município uma vez que os cachets são maiores. “A aposta na prata da casa é acertada: é mais barato e divulga o que de melhor se faz não só na música como noutras áreas, como o artesanato ou o folclore”, atesta. Em relação ao investimento que foi feito na zona ribeirinha, Isabel Pereira considera que tem sido devidamente rentabilizado, embora não frequente muitas vezes o espaço de lazer. “Tenho ouvido dizer muito bem daquilo. O espaço tem sido aproveitado para realizar alguns eventos e acaba por ser um local que pode ser usado, por exemplo, para fazer um piquenique”, opina. Rita Baptista, 28 anos, Rossio ao Sul do Tejo“Em Abrantes temos muitos artistas e bons”O programa deve ser feito também com a prata da casa não só porque é mais barato mas porque em Abrantes existem artistas com qualidade. A opinião é de Rita Baptista, a gestora financeira da empresa J. P.Serras, Lda localizada em Rossio ao Sul do Tejo. “Conheço jovens que formaram bandas de música e já tocam em diversos locais do país. Penso que se actuassem nas festas era um estímulo para que continuassem a progredir e amadurecer na sua carreira artística”, refere. Em relação ao investimento que a autarquia fez nas margens do rio, na zona do Aquapolis, a nossa interlocutora é da opinião que as obras embelezaram muito o espaço. “Está bonito e atrai visitantes que agora podem desfrutar de um espaço que antigamente estava sujo e desleixado, como era o caso das margens do rio. Foi um investimento público que em minha opinião está a ter retorno.”, considera.Ricardo Gonçalves, 29 anos, militar“Há espaço para todos nas festas”“Concordo com a aposta na prata da casa em primeiro lugar mas nada tenho contra as bandas de fora virem actuar na nossa cidade. Penso que há espaço para todos”, considera Ricardo Gonçalves que gostaria de ver mais espectáculos a acontecer não só durante as festas do concelho como no resto do ano. O militar é da opinião que este tipo de iniciativas, direccionadas para os jovens, ajuda Abrantes a ser uma cidade onde apetece estar e viver. Em relação às margens sul e norte do Aquapolis, considera que o investimento ajudou a tornar o espaço mais agradável para quem o visita, embora reconheça que tem mais dinâmica no Verão do que nos restantes meses do ano. “Gastaram milhares a reabilitar a zona ribeirinha pelo que o Aquapolis devia ser mais bem aproveitado e não se limitar a uns tantos espectáculos ou iniciativas que tem lugar no Verão”, atesta.

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