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Autarca de Santarém apanhado no turbilhão mediático do caso Freeport

José Gandarez desmente acusações de que é alvo e diz que vai limpar o seu nome nos tribunais

Advogado José Gandarez é primeiro secretário da Assembleia Municipal de Santarém e testemunha no processo, tendo sido apontado por outra testemunha como o autor do pedido de uma quantia avultada de dinheiro para garantir o licenciamento do outlet de Alcochete em 2001

O primeiro secretário da Assembleia Municipal de Santarém, José Gandarez (PSD), foi recentemente notícia de primeira página na comunicação social nacional e não é propriamente pelo seu desempenho autárquico no concelho, que tem primado pela discrição. O jovem advogado com escritório em Lisboa é testemunha de acusação no processo Freeport e foi apontado por outra testemunha como tendo pedido 1,2 milhões de contos (cerca de 6 milhões de euros) para assegurar o licenciamento da grande superfície comercial de Alcochete em 2001. Uma acusação também feita pelo arguido Charles Smith esta segunda-feira. A acareação entre as testemunhas foi feita na semana passada, sem se chegar a qualquer conclusão, e pôs o jurista escalabitano nas bocas do mundo.Gandarez tem desmentido categoricamente essas insinuações que envolvem ainda outro jurista ligado a Santarém, Albertino Antunes, fundador do jornal O Ribatejo de quem foi sócio até meados de 2001. O advogado, militante do PSD em Santarém, não quis prestar declarações a O MIRANTE sobre o assunto, referindo apenas que vai limpar o seu nome em tribunal.Esta exposição mediática tem causado alguma mossa e um companheiro das lutas políticas em Santarém refere-a como uma “manobra de diversão” para desviar as atenções de outras figuras associadas a esse polémico processo cujo julgamento está na fase final. Como exemplo, dá a insistência de alguma comunicação social em enfatizar que Gandarez era genro do ministro da Economia Mário Cristina de Sousa à data dos factos, o que não corresponde à verdade, pois o governante tinha cessado funções meses antes. “É muito chato denegrir-se assim a imagem de uma pessoa e ele sabe que está a lutar com armas desiguais”, diz a mesma fonte, que preferiu não ser identificada. “De testemunha de acusação foi quase transformado em arguido pela comunicação social”, reforça.As consequências de todo este processo nas aspirações políticas de José Gandarez ainda estão por avaliar, mas a mesma fonte admite que causa sempre “alguns constrangimentos”, aconselhando o advogado a “deixar a poeira assentar” e depois agir em conformidade.As alegações finais do caso Freeport estão marcadas para esta quinta-feira, 12 de Julho, sendo arguidos Charles Smith e Manuel Pedro, sócios da consultora Smith & Pedro que são acusados de tentativa de extorsão no processo de licenciamento do outlet de Alcochete.

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