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Lei dos Compromissos pode paralisar Centro Hospitalar do Médio Tejo

Lei dos Compromissos pode paralisar Centro Hospitalar do Médio Tejo

Alerta dado por deputados socialistas que reuniram com administração da unidade de saúde

Os deputados socialistas eleitos pelo distrito de Santarém saíram na segunda-feira “intranquilos” de uma visita de trabalho para avaliar a acessibilidade aos cuidados de saúde no Médio Tejo, dado o “estrangulamento financeiro” com que se defronta o centro hospitalar.António Serrano disse à agência Lusa que o que deixou os deputados “mais intranquilos” foi o “dramático risco de paralisação” com que o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) se pode vir a confrontar a partir do final do mês devido à Lei dos Compromissos.“O PS propôs uma alteração a essa lei no parlamento, mas a maioria PSD/CDS-PP rejeitou e hoje tivemos a confirmação de que essa é a situação mais crítica que se coloca, neste e em todos os hospitais que estão em dificuldades”, disse.No âmbito do debate sobre o Estado da Nação, os deputados socialistas eleitos pelo círculo eleitoral de Santarém reuniram-se com a Comissão de Saúde da Assembleia Municipal de Tomar, com a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo e com o Conselho de Administração do CHMT.Frisando que o PS concorda com a reorganização em curso no CHMT, António Serrano realçou o facto de o processo estar a decorrer “como previsto” e com a preocupação de alcançar “consensos”.Para o deputado, a petição que vai subir a plenário da Assembleia da República, pedindo a suspensão do processo, neste momento já não faz sentido, pelo que a batalha deve ser pela introdução de melhorias, nomeadamente ao nível da Medicina Interna, como reivindica a população de Tomar. Contudo, essas melhorias e todo o processo podem ser postos em causa pelo “estrangulamento financeiro” com que o CHMT se está a confrontar, disse.Em concreto referiu que, apesar de ter reduzido os custos, o CHMT, com um passivo de 150 milhões de euros, enfrenta problemas ao nível da receita, pois ainda não assinou o contrato-programa para este ano e a Lei dos Compromissos ameaça paralisar por completo a sua actividade.António Serrano lamentou ainda a ausência de articulação entre os cuidados hospitalares e os primários, o que agrava as condições de acesso à saúde numa região que se vê confrontada com as questões dos transportes para aceder aos serviços espalhados pelas três unidades que integram o CHMT (Torres Novas, Tomar e Abrantes), agravadas com a introdução de portagens na A23.A jornada em Tomar permitiu igualmente confirmar o que já mostravam os números relativos ao interior do país, de uma quebra no número de consultas e de atendimentos superior à média nacional, o que, disse, revela “as dificuldades das famílias” em pagar o acesso à saúde.
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