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“Querem calar a minha voz porque é incómoda”

Eleito do Bloco de Esquerda da Chamusca não quer ficar excluído da Comissão de Acompanhamento do Eco-Parque do Relvão
O eleito do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal da Chamusca, Duarte Arsénio, acusou os responsáveis da câmara e da assembleia de quererem calar a sua voz a propósito dos problemas que têm acontecido nalgumas empresas instaladas no Eco-Parque do Relvão, na freguesia da Carregueira.“Sei que sou uma voz incómoda para muita gente. Por isso estou a ser colocado fora da Comissão de Acompanhamento do Eco-Parque do Relvão, que tem como missão fazer o acompanhamento e a fiscalização do que ali se passa. Querem calar-me, mas não o vão conseguir, tentarei defender a população até onde me for possível”, garantiu.A proposta de constituição da comissão já foi aprovada há algum tempo na câmara e na assembleia, está em fase de regulamentação, mas nem sequer era um ponto que constasse da ordem de trabalhos da reunião da assembleia de 28 de Junho. O eleito do BE chamou o assunto à reunião na altura em que se discutia o relatório de actividades do executivo municipal.Duarte Arsénio falava ainda a propósito de uma reunião efectuada na Chamusca, para onde tinha sido convocado pelo presidente da assembleia municipal na qualidade de membro da comissão. Convocatória que o presidente da assembleia reconheceu que foi mal redigida.Embora dizendo que a constituição da comissão ainda está por determinar e se pretenda abrangente, com elementos das várias autarquias do concelho e outras ligadas ao ambiente e à sociedade civil, o presidente da assembleia municipal garantiu que seria ele o representante por inerência na comissão.Segundo a opinião dos líderes das bancadas dos restantes partidos, o número de elementos na comissão não pode ser exagerado. “Tem que ser uma comissão que seja capaz de trabalhar e que sirva para fiscalizar e ajudar a ultrapassar alguns problemas que possam surgir”, disseram. Perante a discordância de todos os outros elementos presentes na reunião, Duarte Arsénio mostrou documentos que referem que as forças representadas na assembleia deviam ter assento na comissão, ou eleitos pelo método de Hondt ou por nomeação percentual. “Só assim haverá democracia”.No final da discussão o presidente da assembleia, Francisco Velez, disse não concordar com as propostas do eleito do BE. “Não estamos a criar uma comissão de gestão das empresas, mas sim uma comissão para ajudar a resolver problemas. O Eco Parque e as empresas ali instaladas são demasiado importantes para o concelho, para serem analisadas de ânimo leve. Mas garanto que vou pedir um parecer sobre a constituição da comissão, para descansar o eleito do BE”.

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