O professor João Patrício encarnou, uma vez mais, a figura de cavaleiro templário, durante a “Evocação do Desfazer do Cerco de 1190”, que juntou cerca de quarenta pessoas na manhã de domingo, 8 de Julho, na Mata dos Sete Montes. O grupo, liderado pelo historiador Ernesto Jana, entrou numa viagem pelo espaço e pelo tempo, subindo até à porta da Almedina no Castelo de Tomar, onde assistiu a uma “luta” simbólica entre o Bem e o Mal, ou seja, entre os mouros e os cristãos, recriando o cerco feito pelo exército do Almansor e desfeito por Gualdim Pais há 822 anos. Em esgrima cénica, o duelo foi encenado pelos actores Tiago da Cruz e Carlos Vieira, habituados a números deste género onde participam contra um ou mais intervenientes. “Há um treino diário. Uma coreografia de três ou quatro minutos pode levar quatro meses a ensaiar para criar um determinado efeito ou impacto no público”, referem. Vindo propositadamente de Lisboa, André Pires, com raízes em Alviobeira, Tomar, ajudou a dar ambiente tocando quase em permanência a gaita de foles, instrumento que domina desde 2001. Elsa Ribeiro Gonçalves