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Centro cultural que custou 2,5 milhões sem equipamentos para receber espectáculos

O Centro Cultural do Bom Sucesso em Alverca foi inaugurado há três anos sem o material necessário para a realização de espectáculos. Sempre que há uma iniciativa é preciso pedir luz e som emprestados. A Câmara de Vila Franca de Xira, que construiu o edifício, reconhece o problema e diz que está disponível para colaborar.

O Centro Cultural do Bom Sucesso em Alverca, inaugurado há três anos num investimento de 2,5 milhões de euros, não tem sistema de som nem luzes de palco essenciais para espectáculos. Também não existe um pano corta-fogo, nem telas no palco. No espectáculo de inauguração foi preciso alugar um gerador porque o quadro eléctrico não tinha potência suficiente. A situação deixa desanimado Carlos Conceição, o presidente do Centro Social e Cultural do Bom Sucesso, que gere o espaço. O vereador da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira (PS), reconhece a situação e diz que o município está disponível para emprestar os materiais necessários quando houver iniciativas. “A luz e o som não foram consignados no início da obra, o que é estranho. Só pensaram nas paredes e no palco. Sempre que queremos fazer aqui alguma coisa é uma dificuldade imensa, mas não é por isso que deixamos de fazer”, explica o responsável. O edifício tem ainda problemas com a instalação eléctrica, revela Carlos Conceição. Sempre que é necessário desligar as luzes do tecto do auditório apagam-se também as luzes da biblioteca e do bar, deixando o espaço às escuras. Ainda na fase de projecto os responsáveis do centro alertaram os técnicos municipais para alterações necessárias, por exemplo nas tomadas eléctricas do palco, que chegaram a ser monofásicas em vez de trifásicas. Para equipar o centro cultural com o material necessário são precisos pelo menos 10 mil euros. O dirigente garante que o centro se tem desdobrado em contactos com a Câmara de Vila Franca de Xira para esta emprestar algum material de som e luz. O vereador confirma que o material não estava contemplado na obra. “Nós construímos o edifício e cedemos ao centro social e cultural. Agora compete a quem o dirige realizar o investimento necessário”, refere Fernando Paulo Ferreira, acrescentando que dentro das disponibilidades pode ceder o material a pedido da colectividade.Mesmo sem o material necessário, o centro cultural dinamiza diversos espectáculos como sessões de dança, poesia e teatro, que atraem 10 mil espectadores por ano. “Outro problema identificado é a falta de sinalética do edifício. Se viermos de Vila Franca ou Alverca ninguém sabe onde é o Bom Sucesso ou o centro cultural”, lamenta. O Centro Cultural do Bom Sucesso foi inaugurado em Abril de 2009, com dois anos de atraso e uma derrapagem financeira de 360 mil euros face ao que estava inicialmente previsto.

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