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Longevidade da Sociedade Euterpe Alhandrense deve-se ao amor à camisola

Longevidade da Sociedade Euterpe Alhandrense deve-se ao amor à camisola

Associação completa este ano 150 anos de existência e destaca-se pelo empreendedorismo
A Sociedade Euterpe Alhandrense comemora este ano 150 anos. A receita para a longevidade está em ingredientes como o espírito de equipa, o empreendedorismo, união, amor à camisola e muito espírito de sacrifício. A colectividade do concelho de Vila Franca de Xira vai buscar o seu nome a uma das nove musas da mitologia grega, Euterpe, musa da música.“Muitas pessoas que hoje estão a ajudar a dirigir a Euterpe passaram por cá quando eram crianças e sempre estiveram ligadas à colectividade. Há um forte sentimento de pertença e de união”, explica Filipa Taipina, directora pedagógica do conservatório regional Silva Marques. E numa altura de crise as dificuldades são esquecidas pelo sentimento de serviço à comunidade, conforme refere a directora.Numa altura em que a partilha deve ser posta em prática, a Sociedade Euterpe Alhandrense está na linha da frente no diálogo com as outras associações da freguesia. “No que toca ao desporto não há rivalidades. O Alhandra Sporting Club, por exemplo, oferece todas as modalidades que nós não temos, como a natação, atletismo e futebol. Nós oferecemos o resto. Coordenamos as actividades entre nós”, explica Cátia Ponte, responsável pela secção de desporto da associação.A história começa em 1862, com um grupo de pouco mais de uma dezena de músicos que se juntaram em Alhandra e fundaram uma associação para ensinar música à comunidade. Hoje a Euterpe Alhandrense envolve 50 técnicos e divide as suas actividades pelas áreas da cultura, recreio e desporto, que se estendem por vários núcleos. Uma das imagens de marca da associação é o conservatório regional Silva Marques, criado há 15 anos, que conta com 500 alunos e 25 professores. É o único conservatório da região e um dos poucos a funcionar no país. “Permite aos alunos tirarem o curso de música que dá equivalência ao ensino básico e secundário”, explica Filipa Taipina. Para a responsável pela área desportiva, Cátia Ponte, o maior desafio é honrar o passado da instituição. Actualmente mais de 200 pessoas praticam exercício na colectividade. “Temos actividades desde os desportos de combate, artes marciais, actividades aeróbicas, pilates, competição e formação em ginástica rítmica, kempo e taekwondo. Chegamos a todos os interesses”, explica. Vários atletas da secção de kempo foram recentemente medalhados a nível nacional e internacional, no campeonato do mundo da modalidade.Número de alunos de música e desportistas não diminuíramAs responsáveis notam que apesar das dificuldades económicas a sociedade não regista um decréscimo de alunos de música ou desportistas. No que toca ao conservatório, “os pais estão preocupados” mas a maioria ainda consegue encontrar formas de manter os filhos a aprender música. “Já tive pais que me abordaram a dizer que não conseguem pagar. Mas depois acabam por fazer um esforço. Os pais percebem que terem os filhos a aprender música é uma mais-valia”, explica Filipa Taipina. No que toca ao desporto “não se nota nada”, garante Cátia Ponte, que já se encontra a preparar a nova época. “Temos a preocupação de colocar ao dispor das pessoas mensalidades que permitem a continuidade dos praticantes. E desenvolvemos um trabalho melhor ou igual que os ginásios, onde o valor que se paga é muito superior”, explica.
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