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Secção de pesca da SFUS atrai cada vez mais jovens

José Carlos Resende sagrou-se campeão nacional no escalão de iniciados

São cada vez mais os jovens que começam a praticar pesca desportiva. Só não existem mais por causa do preço elevado do material para praticar a modalidade. Na escola de pesca da Sociedade Filarmónica União Samorense (SFUS), de Samora Correia, concelho de Benavente, são os pescadores mais velhos que emprestam o material para os que estão a dar os primeiros passos.

A secção de pesca desportiva da Sociedade Filarmónica União Samorense (SFUS), de Samora Correia, concelho de Benavente, está a atrair cada vez mais jovens para uma modalidade que muitos ainda consideram aborrecida. José Carlos Resende, de nove anos, acabou de vencer o campeonato nacional, no escalão de iniciados, que decorreu 30 de Junho e 1 de Julho, em Penacova. Embora José Carlos Resende só tenha disputado o campeonato com outro menino, o que mostra que a modalidade ainda têm muito que fazer para atrair os mais jovens, não deixa de se mostrar eufórico com a vitória. O irmão, Daniel Resende, de 14 anos, também anda na escola de pesca da SFUS e de vez em quando os dois irmãos pegam na cana e vão para a zona ribeirinha de Samora Correia brincar. “É uma forma de não estarem em casa fechados de volta do computador ou da televisão”, explica o pai, que também já praticou pesca desportiva. Sandro Oliveira, de 15 anos, é outro entusiasta da modalidade. “Alguns amigos dizem-me que é tempo perdido e começam a rir-se, mas eu não ligo. É um momento em que não estou a pensar em nada e estou mais perto da natureza”, explica. O grande problema desta modalidade prende-se principalmente com o custo do material. Para se ter o mais básico é preciso gastar pelo menos 1000 euros. Os pescadores seniores da SFUS decidiram em 2005 emprestar o material mais velho que possuíam para recuperarem jovens para a secção, que estava cada vez mais envelhecida. Pelo caminho, conquistaram já muitos prémios nos campeonatos regionais e nacionais. “O nosso objectivo é principalmente que se divirtam e que aprendam a respeitar a natureza”, explica o seccionista Luís Cruz, responsável por levar os jovens na sua carrinha aos campeonatos. Por ano a escola gasta cerca de 6000 euros. Da autarquia só recebe um subsídio de 1000 euros, tal como a secção de pesca do Grupo Desportivo de Benavente (GDB), embora esta última não contemple uma escola para os mais pequenos. De vez em quando vão treinar à barragem de Vale do Cobrão. Se tivessem mais condições, iriam com mais regularidade a outros locais, até porque a pesca varia de zona para zona e é importante treinarem em vários sítios. “Embora muita gente pense que é um desporto muito aborrecido, não poderiam estar mais enganados. Precisamos de estar sempre a pensar na maneira como o peixe vai picar o engodo”, explica Luís Cruz. Os adeptos da modalidade garantem que é um escape para o dia-a-dia e que é exigente quer mentalmente quer fisicamente. A secção de pesca da SFUS já existe desde 1975. De momento tem cerca de 19 elementos de todas as idades e para o ano espera receber mais um iniciado e mais duas senhoras.

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