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União de Santarém com novos órgãos sociais quer recuperar futebol sénior em 2013-2014

António José Vila é o novo presidente da direcção, que pede união entre dirigentes, associados e familiares de jogadores e técnicos para que clube viva de forma mais desafogada.

O novo presidente do União Desportiva de Santarém apelou ao esforço colectivo e à união entre os novos dirigentes que dia 25 de Julho tomaram posse nos novos órgãos sociais do clube para o biénio 2012-2014. António José Vila, eleito presidente da direcção e secretário da mesa da assembleia geral no anterior mandado, sucede a Rogério Soares. Diz que o caminho não será fácil de trilhar, com cada vez menos apoios públicos e dificuldade em recolher patrocínios, mas mostra-se confiante de que, com directores unidos e independentemente das arrelias que vão surgir pelo caminho, se possa proporcionar melhores condições de trabalho a atletas e técnicos, também com o apoio dos seus familiares e dos associados. O projecto para dois anos tem em conta que da Câmara de Santarém já não virá qualquer verba do habitual subsídio para o associativismo. “Vamos contar com a colaboração de pais e familiares dos atletas inscritos este ano. Vamos tentar manter as equipas que subiram e tentar que juvenis e juniores, pelo menos, se mantenham na I Divisão Distrital, melhorando as condições de trabalho dos técnicos e atletas”, refere António Vila.Outro processo com que os dirigentes têm de lidar é a dívida fiscal, que a Câmara de Santarém assumiu e que tem pago em tranches mensais. António Vila diz não ter ideia de qual é o valor em dívida mas considera que esse processo não irá afectar o orçamento previsto para a época desportiva que se avizinha. Fazer regressar o futebol sénior a Santarém é um dos principais objectivos. Actualmente não será possível, pelo facto de os órgãos sociais terem tomado posse tarde demais, mas já se vislumbra a época 2013-2014. Filipe de Jesus, velha guarda do clube que marcou muitos golos nas décadas de 80 e 90, está à frente do futebol júnior e sénior. “É esse o propósito que temos e esperamos que para o ano possamos formar uma equipa. O objectivo é aproveitar os miúdos que saem da Académica de Santarém e do União para que estes não desapareçam e formemos uma equipa sénior para o distrital”, refere Filipe de Jesus, que repete o cargo que teve no anterior mandato.A situação económico-financeira do clube é outras das preocupações. António Vila diz que se a direcção fizer igual ou melhor que a que acabou de sair, já será um trabalho positivo. A Câmara de Santarém assumiu o pagamento de tranches para abatimento da dívida fiscal do União, que está bem mais reduzida. O novo presidente espera que a autarquia possa continuar a fazer esse esforço a que se comprometeu, sem que o orçamento do clube seja afectado.Para além de António José Vila, a presidir à direcção, Nuno Cardigos é o presidente da mesa da assembleia-geral e Augusto Gonçalves o presidente do conselho fiscal. Relvado queimadoO relvado do campo Chã das Padeiras está irreconhecível, com o amarelo a imperar onde antes estava o verde da relva. Câmara de Santarém e Scalabisport analisaram a situação e foi contratada uma empresa que fará a recuperação do relvado a troco de 1.200 euros mensais. A primeira iniciativa foi queimar toda a relva, que agora mais parece um campo de trigo ceifado. “Fizemos um contrato de manutenção com esta empresa que deverá ter o relvado pronto em Setembro”, refere Luís Arrais, presidente da Scalabisport, que com os seus funcionários já realizou algumas melhorias nos balneários e bancadas. António José Vila espera ter o relvado pronto para que possam treinar as equipas dos mais novos, enquanto em relação aos juvenis e juniores se irá tentar que treinem no campo da Ribeira de Santarém.Presidente que foi treinador e dirigenteAntónio José Vila, 65 anos, aposentado como chefe de oficinas de máquinas agrícolas e industriais, assume o cargo de presidente do União de Santarém, depois de ter sido secretário da assembleia geral no mandado anterior. É sócio do clube há 21 anos, foi treinador de juvenis e juniores na casa e dirigente quando o União estava numa divisão com equipas dos Açores e da Madeira. É ainda, e há 30 anos, presidente da Associação Recreativa e Cultural de Vale de Estacas, mas garante que não está a tocar demasiados burros. “Um grupo de sócios movimentou-se para para não deixar cair o clube no vazio após a anterior direcção não ter assumido a recandidatura. Estamos confiantes em fazer um bom trabalho”, conclui.

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