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31 anos do jornal o Mirante

João Pereira

31 anos, arquitecto, Azambuja

“Acho ofensivo aconselhar as pessoas que estão desempregadas a emigrar. Toda a gente devia ter direito a trabalhar no país de origem. É quase como ser expulso da própria casa. Não ponho de parte a hipótese de emigrar para encontrar emprego mas só o farei depois de esgotar todas as possibilidades. Custa-me deixar amigos e família”.* * * “Desde o início do ano, altura em que fiquei desempregado, tenho lido bastante. Comprei alguns livros e pedi emprestado outros de autores consagrados. Dan Brown, Stieg Larsson, Daniel Silva e José Rodrigues dos Santos… Gosto de romances policiais. Não costumo ir muito à biblioteca. Costumo recorrer mais a pessoas que sei que têm livros. Assim não me preocupo com prazos de entrega. À cabeceira tenho “O Desertor” de Daniel Silva”.

Seria capaz de abastecer o seu carro a óleo vegetal?Por acaso o meu carro é a gasolina mas se fosse a gasóleo e tivesse a garantia de que isso não o danificaria usaria combustível vegetal. Seria até capaz de reciclar óleo. O meu pai tinha um jipe muito antigo que chegou a andar com óleo de fritar batatas. Era de 1964 e consumia muito. Nunca lhe deu problemas.Onde é que não iria de férias mesmo que lhe pagassem a viagem?Nunca iria de férias a África. Não tenho nada contra o continente nem contra as pessoas. A questão é que apesar de não ser dado a luxos gosto de ter o mínimo de condições. Num país menos desenvolvido, onde faltassem coisas básicas, não me sentiria à vontade.Nas compras tem mais em atenção a marca ou o preço?Tento encontrar uma boa relação preço-qualidade. Não compro coisas de topo. Muitas vezes estamos a pagar a marca e não o produto porque o preço está inflacionado. Em determinada altura gastei muito dinheiro em computadores, por exemplo, mas há já dois anos que não compro nenhum porque acho que o que tenho serve.É aceitável que se aconselhe as pessoas a emigrar para procurar trabalho?Acho ofensivo aconselhar as pessoas que estão desempregadas a emigrar. Toda a gente devia ter direito a trabalhar no país de origem. Não devia ser obrigado a ir para fora. É quase como ser expulso da própria casa. Não ponho de parte a hipótese de emigrar para encontrar emprego mas só o farei depois de esgotar todas as possibilidades. Custa-me deixar amigos e família. Quero ver se até Outubro consigo arranjar alguma coisa cá mas no último ano que tenho de subsídio de desemprego vou começar a apontar lá para fora.Considera correcto que algumas empresas e instituições públicas bloqueiem o acesso às redes sociais?Concordo que algumas bloqueiem, sim, porque há pessoas que não se controlam. Dispersam-se completamente, distraem-se do trabalho, perdem produtividade e acabam por se prejudicar a elas e à empresa.Ir para a política é para alguns a única forma de arranjar emprego?Infelizmente acho que sim. O meu pai costuma dizer que quem não sabe fazer mais nada vai para a política. Hoje em dia, tendo em conta todas as notícias que ouvimos, começo a achar que é mesmo verdade.Seria capaz de ser deputado de uma assembleia municipal?É um desafio que nesta fase da minha vida não me alicia. Talvez um dia mais tarde… Acho que para se estar correctamente na política é preciso ter-se uma grande vivência pessoal e profissional para se poder dar um contributo válido.Leituras em formato digital ou em papel?Não gosto de ler no computador e também não acho piada aos ebooks (livros digitais). Gosto de sentir o papel nas mãos. Desde o início do ano, altura em que fiquei desempregado, tenho lido bastante. Comprei alguns livros e pedi emprestado outros de autores consagrados. Dan Brown, Stieg Larsson, Daniel Silva e José Rodrigues dos Santos… Gosto de romances policiais. Não costumo ir muito à biblioteca. Costumo recorrer mais a pessoas que sei que têm os livros. Assim não me preocupo com prazos de entrega. À cabeceira tenho “O Desertor” de Daniel Silva.No tempo quente sardinha assada ou lagosta?Por acaso não aprecio muito marisco. Gosto de coisas leves, como grelhados ou saladas. Tento evitar os fritos. Não sou esquisito na comida. Gosto de comer bem e provar coisas novas mas não tem que ser num sítio especial nem tem que ser um prato gourmet.Seria capaz de cortar a barba na sequência de uma aposta?Sim, sem problema. Deixo crescer a barba porque detesto desfazê-la. A gillette e eu não somos amigos. Corto-me todo sempre. De máquinas não gosto e por isso desfaço-a o mínimo possível. Normalmente é uma vez por semana ou de duas em duas semanas…

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