Andaram pelas ruas do centro histórico, como verdadeiros japoneses que são, a tirar fotografias a tudo. Os telemóveis estiveram em repouso porque os amigos estavam bem longe. Os dez alunos de Hitoyoshi, no Japão, com idades entre 12 e 16 anos estiveram os primeiros quatro dias de Agosto em Abrantes, no âmbito de um protocolo de geminação entre as duas cidades. Ficaram em casa de famílias de acolhimento e na quinta-feira de manhã, depois de reunirem com a presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque, a quem ofereceram, entre outras coisas um par dechinelos de enfiar no dedo que dizem ser típicos de lá, foram com os novos amigos portugueses passear. Através de uma intérprete conseguimos fazer algumas perguntas. No Japão o desporto mais popular é o basebol mas Taiki, 13 anos, é “fanático” por futebol e vai levar de Portugal uma camisola com o nome “Cristiano Ronaldo”. Marina, 16 anos, conta que nas aulas de História aprendeu que foi um português que levou a primeira arma de fogo para o Japão. A presidente da câmara que esteve no Japão em Janeiro, deu uma ajuda na entrevista. Diz que lá a relação entre alunos e professores é boa mas que as regras nas escolas são mais rígidas. Marina conta que é impossível mexer no telemóvel durante uma aula. Garante que na sua escola não há bullying (agressões entre alunos) mas que o fenómeno já chegou ao Japão. Quanto às cidades de Abrantes e Hitoyoshi são bem diferentes uma da outra. Prédios, néons e avenidas por lá e casas baixas, muralhas de castelo, ruas estreias e empedradas por cá. Ana Isabel Borrego