uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Nersant espera receber até final do ano uma centena de ideias para criação de novas empresas

Nersant espera receber até final do ano uma centena de ideias para criação de novas empresas

Associação empresarial criou o Sítio do Empreendedor para ajudar quem quer iniciar-se num negócio

O site disponibiliza, de forma simplificada, um mini-estudo de viabilidade, que dá à partida uma ideia da rentabilidade de cada negócio.

A Associação Empresarial da Região de Santarém, Nersant, espera receber até ao final do ano 100 ideias para novos negócios no novo portal na internet dedicado a ajudar quem quer criar uma empresa. O Sítio do Empreendedor que está online há menos de um mês já tem inscritas 12 propostas que vão ser analisadas por consultores. O presidente da comissão executiva, António Campos, considera que se forem criadas 50 empresas a partir de uma centena de ideias “já é um valor muito interessante”. O sítio (em: http://sitiodoempreendedor.nersant.pt) disponibiliza informação sobre o tipo de sociedades, os passos que têm de ser dados para a sua constituição e os tipos de financiamento a que se pode recorrer. O candidato a empreendedor só tem que preencher um formulário com os seus dados pessoais e contactos e fazer uma apresentação sumária da ideia que quer transformar em negócio. O site, que pode ser acedido também através do diário online de O MIRANTE (www.omirante.pt) disponibiliza depois de forma simplificada um mini-estudo de viabilidade, que dá à partida uma ideia de rentabilidade do negócio. “Quisemos fazer uma plataforma simples, de fácil acesso porque constatamos que as pessoas muitas vezes não sabem como apresentar as ideias que têm e não estão familiarizadas com questões da gestão”, refere António Campos. Recebidas as ideias, a Nersant convoca todos os interessados para se discutirem os negócios em partilha de grupo com vários empreendedores, “numa espécie de terapia de grupo”. No passo seguinte a associação procura encontrar fontes de financiamento ou investidores para cada negócio e apoia o novo empresário na constituição da empresa e nos primeiros tempos de funcionamento da mesma. O financiamento pode ser obtido através de programas de incentivo públicos nacionais ou europeus, microcrédito, empréstimos ou empresas de capital de risco.Para os desempregados a receberem subsídio há ainda a possibilidade de recorrerem ao apoio à criação do próprio emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). A Nersant é a única entidade da região de Santarém credenciada pelo IEFP, para prestar apoio às empresas criadas no âmbito do PAECPE - Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego. Este projecto, sublinha António Campos, tem também um papel social, porque, por exemplo, quem estiver desempregado passa a ter uma actividade e o Estado deixa de ter um encargo com o pagamento do subsídio de desemprego.Todo o processo burocrático, realça António Campos, não tem custos para o empreendedor. “O lucro da associação é criarmos empresas e dinamizarmos a economia regional”, refere. Para que os novos negócios tenham sucesso é fundamental a formação. Por isso a Nersant disponibiliza um curso inicial de empresário com um total de 150 horas, onde se aprendem noções de gestão, conceitos de organização, marketing, entre outros. “Na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) somos o país que mais empresas cria e o segundo onde mais empresas morrem. Isto quer dizer que somos um país de empreendedores mas que tem falhas ao nível da formação e no conhecimento da gestão”, salienta.O presidente da comissão executiva da Nersant diz com orgulho que a Associação Empresarial da Região de Santarém tem sido a associação que mais formação tem feito a empresários. Cerca de meio milhar de acções nos últimos cinco anos. E sublinha que essas acções são fundamentais para preparar o empresário para o futuro. “Na generalidade muitas das empresas que em dois ou três anos duplicam a facturação acabam por ficar insolventes, porque o empresário não compreendeu o aumento do negócio e manteve os mesmos procedimentos e a mesma estrutura”, o que poderia não acontecer se tivesse formação, conclui.
Nersant espera receber até final do ano uma centena de ideias para criação de novas empresas

Mais Notícias

    A carregar...