A justificação é sempre a da redução de custos. O papão chama-se tróica. Uma das exigências é a de reduzir o número de pessoas que trabalham para o sector público. Muitas câmaras municipais já começaram a cumprir as regras. Os resultados é que são surpreendentes. Veja-se o caso do município da Chamusca, por exemplo. Num comunicado intitulado: “Situação financeira/Lei dos compromissos/Dispensa de trabalhadores/Redução de custos” é anunciada a cessação da contratação de mão-de-obra à factura; cessação de contratação de mão-de-obra a recibo verde e cessação de contratos a termo. De todas as cessações, diz o município, resulta, a prazo, a dispensa de 22 trabalhadores.Só que, a terminar, é anunciado que, recorrendo aos programas disponibilizados pelo Instituto de Emprego, o município tem “mantido ocupados” 25 desempregados. Ou seja: os trabalhadores que cessam trabalho nas câmaras, inscrevem-se nos centros de emprego e voltam a trabalhar nas câmaras, não a recibo verde nem com contrato a termo mas como...desempregados. Vá lá a gente perceber isto!!???