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O divino boi e a sagrada bravura

O divino boi e a sagrada bravura

O jardim do Palácio do Infantado, em Samora Correia, está repleto de personagens que olham em direcção a uma cabeça de toiro, como se estivessem perante um altar com uma representação de um Deus mitológico. “Existiu sempre uma adoração e respeito pelo toiro ao longo da nossa História. Procurei recriá-lo com a magnificência que emana do seu porte, beleza e bravura”, explica Joaquim Salvador, autor da instalação “Sagrada Bravura”. O toiro e as personagens estão pintadas de vermelho, por ser a cor do “sangue” e do “amor”, nas palavras do autor. Só escapam as bandarilhas, criadas pelo embolador Bruno Lopes. Já as personagens que se encontram no jardim, criadas a partir de manequins, olham na direcção do toiro, mas não têm qualquer expressão no rosto. “Neutralizei a expressividade da cara porque acredito que cada um de nós vive cada vez mais condicionado socialmente”, acrescenta o autor. Madeira, tecido, plástico, metal, tinta sintética e acrílico foram alguns dos materiais usados pelo artista que demorou cerca de mês e meio a preparar o trabalho. Para além da instalação, encontram-se no jardim do Palácio do Infantado seis painéis com imagens da primeira e segunda metades do século XX de Samora Correia que mostram uma procissão, uma largada de toiros ou uma equipa de futebol. A instalação e exposição, inauguradas durante as Festas em Honra de Nossa Senhora da Oliveira e Nossa Senhora de Guadalupe, podem ser visitadas até ao dia 30 de Setembro.
O divino boi e a sagrada bravura

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