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Um poste encravado no meio do caminho

Um poste encravado no meio do caminho

Morador de Fazendas de Almeirim queixa-se de situação que dura há três anos. EDP espera indicações para poder actuar.
Há cerca de três anos, Diamantino Mota cedeu uma faixa de terreno onde tinha plantada vinha para permitir o alargamento da rua António Gerardo, em Fazendas de Almeirim, que até aí não tinha saída. A única condição apresentada foi que a Junta de Fazendas de Almeirim ou a Câmara de Almeirim tratassem do processo para recolocação do poste da rede de iluminação pública que antes se encontrava na berma do caminho e, após as obras, passou a estar literalmente no meio da via, impedindo a passagem de veículos de maiores dimensões, como ambulâncias, autotanques dos bombeiros ou camiões. “Até um funeral já teve de voltar para trás por causa do poste, porque o carro funerário não conseguiu passar”, diz o morador, ex-emigrante em França, recordando que, no dia anterior à conversa com O MIRANTE, uma ambulância que ali se deslocou para transportar a sua esposa para o hospital também teve de fazer inversão de marcha devido ao obstáculo.Diamantino Mota diz que por ele o poste até pode estar no meio da via, pois não lhe faz grande diferença. Afinal viveu ali quase 30 anos sem que a rua tivesse saída por aquela direcção. “Até estava mais descansado quando a estrada não tinha saída”, diz. Mas após ter cedido o terreno, o que lhe custou algumas dezenas de cepas, esperava outra atitude por parte da câmara, que diz já ter contactado diversas vezes no sentido de ver o problema resolvido. “Ando desde as últimas eleições autárquicas a lutar por isto”, declara.A EDP Distribuição, contactada por O MIRANTE, diz que já teve já conhecimento desta situação e está a obter informações junto da Câmara de Almeirim que permitam realizar os estudos de relocalização desta rede de baixa tensão. Falta registo topográfico do caminhoO vereador da Câmara de Almeirim José Carlos Silva diz que devido a algumas hesitações por parte do dono do terreno não ficou definitivamente acertada qual a área a ceder por este para alargamento da estrada, apesar de as obras já terem sido feitas. Só após se chegar a esse acordo se podem definir os limites do caminho e o seu registo topográfico, para depois se pedir à EDP para intervir. “No dia em que o senhor Mota disser onde quer que seja colocado o poste nós avançaremos com o pedido à EDP”, diz o vereador, acrescentando que em breve irá falar com o morador para ver se solucionam o problema de vez.Diamantino Mota, de 67 anos, diz que o assunto lhe tem causado alguns aborrecimentos e que inclusivamente já foi contactado duas vezes pela GNR no local acerca da situação. “Ainda gostava de saber porquê e quem lhes pediu para cá virem. Eu só peço que tirem o poste do meio da estrada. O problema não é ter dado o terreno e arrancado cem cepas, o problema é fazerem pouco de mim”, afirma.
Um poste encravado no meio do caminho

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