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Inauguração da Frimor foi um autêntico festival de gastronomia

Inauguração da Frimor foi um autêntico festival de gastronomia

Presidente da câmara e secretário de Estado tiveram de provar vários tipos de bebidas e de iguarias na inauguração da Feira da Cebola em Rio Maior.

A vida de político não é tão fácil como à partida se possa pensar e requer estômago à altura das responsabilidades. Que o digam a presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais, e o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo que marcaram presença na inauguração da Frimor - Feira da Cebola, que se realizou na manhã quente de sexta-feira, 31 de Agosto, em Rio Maior.Depois dos discursos da praxe onde falaram da importância do certame para a promoção e divulgação da cebola seguiu-se o tradicional corte da fita. De seguida a comitiva visitou, a pé, todos os expositores e tasquinhas. Na primeira tasquinha, na Rua General Humberto Delgado, ainda passavam poucos minutos das onze da manhã, Isaura Morais e Daniel Campelo foram “obrigados” a provar um vinho branco da região e um salgado. A autarca e o secretário de Estado não se fizeram rogados e aceitaram o convite. “Não há copos para todos mas vai haver vinho para todos”, garantiu Daniel Campelo, bem disposto e com o copo na mão antes de provar o vinho caseiro.Ainda houve tempo para visitar o espaço dedicado aos cavalos, onde foi possível falar com dois criadores de uma coudelaria da zona Oeste. Isaura Morais e Daniel Campelo fizeram questão de cumprimentar todos os vendedores. Na passagem pelos expositores dos ceboleiros, na zona envolvente ao Pavilhão Multiusos, o secretário de Estado ainda levou para casa uma trança com 15 cebolas como oferta. Já no final da visita na zona exterior, os governantes ouviram uma crítica de uma feirante que pediu para que no próximo ano coloquem todos os vendedores na mesma zona, referindo-se aos comerciantes que foram colocados num canto da feira. “Era melhor para eles e para nós que ganhamos mais se estivermos todos concentrados no mesmo local”, disse. A presidente do município garantiu que ia ter em conta a opinião da vendedora de Alcanede (concelho de Santarém).Na zona das tasquinhas os governantes tiveram que provar vinhos e iguarias de todas as qualidades. Até cerveja biológica à base de mel. Após uma hora de visita oficial Isaura Morais, Daniel Campelo e a restante comitiva ainda tiveram que arranjar apetite para o almoço que os aguardava.Ceboleiros vendem muito menosOs vendedores de cebolas estão preocupados com a campanha deste ano. A malfadada crise tem afastado os compradores. Isaura e Joaquim Bernardino vêm à Feira da Cebola, em Rio Maior, há cinquenta anos. Continuam a produzir cebola mas agora apenas por entretenimento uma vez que estão reformados. O negócio já não dá lucro como antigamente. “As pessoas antes traziam sacos grandes nas mãos e levavam-nos cheios, agora não compram nada”, lamenta Isaura Bernardino dizendo que houve anos em que venderam nove toneladas de cebola. O ano passado venderam cerca de mil quilos.Do mesmo mal se queixa Maria da Graça Leal. É produtora de cebola há 34 anos mas já vem à Feira da Cebola desde que nasceu. Conta que há 30 anos vendia cebola mais cara do que se vende agora. “No início dos anos 80 vendíamos cebola a 40 escudos (80 cêntimos) e vendíamos tudo, não levávamos nada para casa. Agora vendemos a 50 cêntimos e ninguém compra”, refere, acrescentando que o ano passado vendeu apenas cinco mil quilos de cebola, muito pouco comparando com o negócio há duas décadas.
Inauguração da Frimor foi um autêntico festival de gastronomia

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