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Equivalências a alunos de Gestão sob investigação do Politécnico de Santarém

Denúncia enviada ao Ministério da Educação envolve actual vice-presidente do instituto

O Ministério da Educação pediu ao Politécnico de Santarém para averiguar o que se passou até 2011 com a atribuição de equivalências a alunos da Escola de Gestão que frequentaram o programa Erasmus no estrangeiro. Numa denúncia diz-se que o professor Hélder Pereira terá passado alunos a cadeiras difíceis sem conhecimento do conselho científico.

O Instituto Politécnico de Santarém está a averiguar de que forma foram atribuídas equivalências a alunos da Escola Superior de Gestão a frequentar o Erasmus na altura em que o professor Hélder Pereira era o coordenador deste programa internacional. Já foi pedido ao actual director da escola que se pronunciasse sobre o assunto atendendo a que existem suspeitas de que equivalências dadas em algumas disciplinas não tenham sido feitas de forma correcta, nomeadamente por alegadamente não envolverem o conselho científico e os professores que coordenavam os cursos. O director da escola, contactado por O MIRANTE, confirma apenas que o presidente do Politécnico, Jorge Justino, lhe enviou um despacho no qual solicitava que se pronunciasse sobre o assunto. Ilídio Lopes diz que já enviou a resposta recentemente mas não se quer pronunciar sobre o seu conteúdo nem se foram encontradas irregularidades. O professor envolvido, Hélder Pereira, que entretanto assumiu as funções de vice-presidente do instituto, contactado pelo nosso jornal recusa-se a falar no assunto. A situação é do conhecimento do Ministério da Educação que recebeu uma carta anónima a denunciar possíveis irregularidades e que pediu esclarecimentos ao politécnico, justifica o administrador do instituto, Pedro Carvalho. Nessa carta dá-se conta que Hélder Pereira decidiu dar equivalências a alunos da escola que estiveram no Erasmus (programa de cooperação e mobilidade com institutos e universidades estrangeiras) sem conhecimento do conselho científico e que algumas terão sido atribuídas a cadeiras mais difíceis, como a matemática, que estavam em atraso, de modo a que os alunos concluíssem as licenciaturas. Na carta que O MIRANTE também recebeu fala-se que os alunos frequentaram no estrageiros programas de conteúdo duvidoso e que algumas das disciplinas frequentadas nos outros países não tinham qualquer relação com as que eram ministradas na Escola de Gestão. Realçando que as licenciaturas com casos mais irregulares são as de Gestão de Empresas e a de Administração Pública. Alguns professores contactados por O MIRANTE dizem conhecer a situação e que esta é falada na escola. Alguns relatam que nos processos não há evidências de que tenham sido envolvidos os responsáveis pelos cursos, como deveria ter acontecido. O administrador do Instituto Politécnico de Santarém diz que pensa que houve esse envolvimento, ressalvando que as escolas têm autonomia e que o instituto não se mete nisso. As situações terão ocorrido entre 2008 e 2011 quando era director da escola Jorge Faria, que esteve envolvido em várias polémicas, e que nomeou Hélder Pereira para a coordenação do Erasmus.

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