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Justiça demorou 17 anos a dar razão a trabalhadores de empresa de Vila Franca

O Supremo Tribunal de Justiça decidiu ao fim de 17 anos de batalha jurídica alterar a decisão de primeira instância do tribunal de Vila Franca de Xira e do Tribunal da Relação e colocar os trabalhadores da falida Mevil - Metalomecânica Vilafranquense como credores privilegiados da empresa. “Se valeu a pena? Valeu mas é demasiado tempo. Muitos dos trabalhadores já faleceram. Resta saber quanto irá receber cada trabalhador tendo em conta que são valores de há 17 anos”, declara a O MIRANTE o representante sindical da zona de Vila Franca de Xira do SITE (Sindicato das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente), João Silveira.A empresa faliu a 22 de Maio de 1995 e o tribunal da cidade decidiu na altura colocar a banca como o credor privilegiado, à frente dos trabalhadores e da Segurança Social. Os 82 trabalhadores, representados pelo sindicato, não concordaram com a decisão e recorreram até o caso chegar ao Supremo. A decisão final coloca os trabalhadores como primeiros credores da Mevil, à frente dos bancos e da Segurança Social. Ao todo estão por pagar aos trabalhadores 309 mil euros, entre ordenados em atraso e indemnizações.Apesar da decisão ainda não será para breve que os trabalhadores irão receber o dinheiro a que têm direito. Logo que a decisão transite em julgado o administrador de insolvência terá de executar um mapa de rateio com a lista dos bens da empresa e só depois poderá começar o processo de venda, o que ainda deverá demorar largos meses.O sindicato tem esperança de que não seja preciso esperar anos, como acontece no caso da empresa Argibay. Os trabalhadores desta empresa aguardam há dois anos que o administrador de insolvência venda a totalidade dos bens para dividir o dinheiro pelos trabalhadores, como foi estipulado pelo tribunal, o que ainda não aconteceu. “Os trabalhadores dirigem-se ao tribunal de Vila Franca para saber quando irão receber o dinheiro e é-lhes sempre dito que será daqui a duas semanas. Vão prolongando assim a situação”, lamenta.

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