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Nersant quer criar cluster para a requalificação urbana na região

A Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém promoveu em Torres Novas uma nova edição do Fórum Empresários para debater o tema da requalificação urbana. Perante autarcas, entidades regionais, especialistas do sector e o secretário-geral do Comité de Investimento do Fundo Jessica para o Desenvolvimento Urbano, a presidente da Nersant, Salomé Rafael, lançou o desafio para a criação de um Cluster para a Requalificação Urbana que agregue vários agentes para tentar potenciar esse sector.“A Nersant há muito que está empenhada neste processo, estando a trabalhar em colaboração com a CIP há algum tempo. A implementação de projectos de requalificação urbana exige a participação de todos. É por isso que quero lançar um desafio, que se prende com a criação de um Cluster para a Requalificação Urbana, constituído pelas autarquias, pelas Comunidades Intermunicipais, pelas empresas e pela Nersant. Acredito que esta poderá ser uma ferramenta de trabalho que actue em rede e que retire o melhor de cada uma das partes envolvidas”, sublinhou Salomé Rafael, realçando ainda a importância de “evitar a degradação urbana” e “mobilizar” os intervenientes para a reabilitação das cidades e vilas do Ribatejo.A responsável da Nersant referiu-se ainda à importância do Fundo Jessica e às oportunidades que concede a quem pretende investir na reabilitação urbana, assim como a criação de um programa específico de formação, o envolvimento de especialistas no sector e a necessidade de simplificação e agilização dos processos de licenciamento.Miguel Pombeiro, representante da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, alertou para o cenário actual de crise económica, referiu ainda que “estas iniciativas, nomeadamente o Jessica, são oportunidades que todos devem aproveitar” e que decidiram recentemente “actuar em conjunto e não isoladamente”, considerando que para ter sucesso é preciso “haver um trabalho de concertação entre municípios, proprietários e empresas”. As prioridades actuais são as seguintes: “levantamento dos projectos e intenção de investimento em todos os concelhos”, “levantamento de todos os activos imobiliários e terrenos que sejam passíveis de mobilizar para um eventual fundo de requalificação imobiliário”, “definir qual será o nosso modelo de actuação: criar um fundo, integrar um fundo ou criar uma outra solução”. Já António Torres, em representação da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, realçou a “constituição de uma Sociedade de Reabilitação Urbana que envolve nove municípios”. E ainda o facto de já ter sido feito o “levantamento de todos os edifícios em estado de degradação”, estando agora em processo de identificação dos proprietários, tarefa que se tem revelado difícil, com uma “taxa de sucesso a rondar os 40%”. “Queremos encontrar com a Nersant e os empresários da região as melhores soluções para o financiamento da reabilitação”, concluiu.António Fonseca Ferreira, urbanista e professor universitário, referiu-se à regeneração urbana como uma nova oportunidade para o sector: “é um contraponto ao modelo de crescimento urbano expansivo e repara alguns dos problemas que o modelo anterior levantou, nomeadamente ao nível dos recursos ambientais, energéticos e temporais. Requer o trabalho em parceria e exige racionalidade, complementaridade e projectos autos sustentáveis, assim como uma especialização das empresas de construção civil e a criação de emprego”. O encerramento das intervenções esteve a cargo de Nuno Vitorino, secretário-geral do Comité de Investimento do Fundo Jessica. “Temos de olhar para as realidades onde queremos intervir. A aplicação das múltiplas possibilidades que esta ferramenta permite deve resultar de dois critérios: por um lado as características naturais da cidade onde incide - há cidades portuguesas que apenas justificarão algumas intervenções físicas de reabilitação e há outras situações em que a degradação não é só física mas também económica e social e justificam intervenções mais complexas e integradas. É seguro que a generalidade das cidades portuguesas justifica programas no âmbito da requalificação urbana”, apontou.

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