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Cartaxo soma primeiro ponto à sexta jornada

Cartaixeiros têm um orçamento mais baixo do que muitas das equipas do distrital

Empate em casa a um golo frente ao Tires quase dava vitória numa partida em que os cartaxeiros ficaram com nove elementos. Curiosamente o golo do Cartaxo foi marcado por um defesa adversário a 20 minutos do final.

Acabou a seca de golos e de pontos do Sport Lisboa e Cartaxo no Campeonato da III Divisão Nacional - Série E, com o empate deste domingo a uma bola frente ao Tires no Municipal do Cartaxo. E porque ainda não se tinha somado pontos nem marcado um golinho (com 17 sofridos) ao cabo de cinco jornadas, o autogolo marcado pelo central do Tires a 20 minutos do final da partida foi festejado com alegria pelos jogadores, técnicos e público nas bancadas. Foi no seguimento de cruzamento de Serginho na esquerda com o avançado a falhar a emenda de cabeça, com o defesa a ser infeliz e a desviar a bola para o fundo das redes.Está encontrado o factor de motivação que faltava ao plantel para prosseguir na procura de melhores resultados, agora sob a orientação técnica de João Barroca, que há três épocas já tinha comandado a equipa, também no Nacional de III Divisão. João Barroca substituiu Paulo Mendonça, que fora adjunto de Cláudio Madruga na época passada. O capitão do Cartaxo, Bernardo, era o rosto da satisfação do plantel no balneário após o jogo e garantia que há mais razões para se acreditar que melhores resultados podem surgir. “A malta estava a ir abaixo. Fez-se bem em mudar de treinador nesta fase para um técnico mais experiente. Não dizendo mal do anterior treinador mas este sabe puxar mais pelos jogadores de outra maneira. Estamos mais entusiasmados nos treinos, a recuperar das lesões como as do Ruas e do Pedro Soares. Já temos um ponto e agora há que melhorar jogo a jogo”, comentou Bernardo.Sobre a partida, o central do Cartaxo lembrou que a formação é muito jovem, com elementos na casa dos 18 a 20 anos, o que justifica as duas expulsões da equipa. Acrescenta que essa juventude também contribuiu para as derrotas e 17 golos sofridos até ao jogo com o Tires.O treinador da equipa reconhecia no final da partida que tanto podiam ter marcado mais golos como não sofrido nenhum, perante uma boa equipa. “Foi motivante para toda esta equipa e para continuarmos a trabalhar. Se tivermos de perder que se perca com dignidade e ganhando aqui e acolá para se dar uma imagem diferente do clube. Talvez a minha presença seja um factor aglutinador nesta altura”, referia João Barroca O MIRANTE.Numa análise ao plantel, João Barroca admite que o número de jogadores é curto e não reúne em qualidade o que se desejaria, sendo o possível em relação ao orçamento do clube. Acredita que boa parte das equipas seja superior à sua e lembra que há que terminar a prova com dignidade, numa época em que a III Divisão acaba, de acordo com a reformulação de campeonatos pela Federação Portuguesa de Futebol.Quanto ao jogo pouco há a dizer. O Cartaxo teve a primeira oportunidade de golo do jogo por Ricardo Henriques aos 15 minutos, mas o guarda-redes do Tires defendeu para canto. As dificuldades aumentaram perto do minuto 40 quando Diogo Costa cortou com a mão a bola que isolava o avançado do Tires e pioraram com a expulsão de Kiko por duplo cartão amarelo aos 60 minutos.O Cartaxo aguentou a pressão do Tires e chegou à vantagem ao minuto 70, mas a equipa do concelho de Cascais conseguiu empatar a cinco minutos do apito final para desânimo dos adeptos da equipa da casa, mas ficou com 1-1 o marcador final. Na próxima jornada o Cartaxo viaja até à Lourinhã.Cinco agentes da PSP para 80 espectadoresNum jogo em que estiveram nas bancadas cerca de 80 espectadores, mais ou menos divididos entre os adeptos da equipa da casa e do Tires, causou alguma estranheza a presença de cinco agentes da PSP na partida, quando o mínimo exigido em matéria de policiamento são três. É que os clubes andam a penar por dinheiro e o policiamento é pago à cabeça, 190 euros no caso dos cinco agentes, à razão de um polícia para 16 espectadores.Orçamento mais baixo da III DivisãoCom 1400 a 1600 euros mensais para suportar o futebol sénior, o Sport Lisboa e Cartaxo tem o orçamento mais baixo de toda a III Divisão Nacional. Quem o garante são os membros da comissão administrativa, que adequou as despesas às receitas em tempo de crise, sem o apoio de verbas da câmara municipal. “Os colaboradores do futebol juvenil e sénior estão a fazer um grande esforço para se manter o clube de portas abertas com todas as categorias de formação e sénior, a que se juntam a equipa de futsal e a de veteranos”, salienta Vasco Cunha, elemento da comissão ligado ao futebol.

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