O homem que atropelou mortalmente um caçador de Alverca na Estrada Nacional 1 em Povos, Vila Franca de Xira, entregou-se à polícia no final da tarde de domingo, 28 de Outubro. A informação foi confirmada pelo comando de Lisboa da PSP. O homem bateu violentamente em José Bexiga, 78 anos, caçador de Alverca, quando este atravessava a estrada nacional fora da passadeira, junto às bombas de abastecimento da Galp, pouco depois das 05h00. A vítima foi colhida quando atravessava a estrada para ir ter com o filho e um amigo. O grupo preparava-se para apanhar boleia de outros caçadores para irem viajar até Amareleja, Moura, onde iam passar o dia a caçar. O veículo que embateu em José Bexiga, um Volkswagen Passat cinzento, atingiu-o com tal violência que o corpo do idoso foi projectado pelo ar mais de cinquenta metros. O condutor pôs-se depois em fuga e abandonou o carro na Castanheira do Ribatejo. Os bombeiros estiveram no local, juntamente com uma viatura do INEM, mas não conseguiram reanimar a vítima. A sua morte foi declarada no local. José Bexiga é recordado como uma pessoa boa e dedicada à família. A polícia acabaria por identificar o automóvel na manhã de domingo e quando o condutor se apresentou na esquadra admitiu ter sido ele o condutor do veículo. Foi constituído arguido e vai responder em tribunal. Recorde-se que já em Junho O MIRANTE havia noticiado o aumento de acidentes com vítimas mortais no troço da Estrada Nacional 1 à saída de Vila Franca de Xira. A estrada regista um grande movimento de automóveis e camiões, servindo vários supermercados, empresas, postos de abastecimento de combustíveis e fábricas. A maioria dos automóveis circula em excesso de velocidade. Ao longo de um quilómetro e meio é servida por uma passagem superior pedonal, que poucos peões se dão ao trabalho de usar por ser íngreme e afastada das principais empresas e estabelecimentos comerciais. As autoridades policiais reconhecem que é muito perigoso atravessar a via sem utilizar a passagem superior e confirmam a ocorrência de acidentes frequentes. Fonte policial revela que desde o início do ano 13 pessoas já morreram neste local.