A empresa mais antiga da região na área da comunicação social, a João Arruda, Sucessores - que editava o centenário jornal Correio do Ribatejo que, no final de 2011, foi vendido à empresa Diálogo Intenso, Lda - está com um processo de insolvência intentado por um ex-funcionário. Há poucos dias três funcionários que estavam a trabalhar no Correio do Ribatejo por conta da João Arruda foram despedidos.Após a passagem do jornal para a empresa Diálogo Intenso Lda, tinha sido proposta uma redução dos ordenados dos funcionários agora despedidos. Uma proposta que vigorou até agora e que era por um período de seis meses. Os funcionários estavam a trabalhar no Correio do Ribatejo apesar de já não ser a João Arruda a empresa responsável pelo título. No início deste ano o capital social da João Arruda aumentou para o dobro, para 12 mil euros, subscrito por dois dos três sócios, Manuel Canelas e Rui Lopes, que detêm a maioria.O MIRANTE tentou obter mais esclarecimentos através do actual gerente da empresa João Arruda Sucessores, Rui Lopes, que prefere, por agora, não fazer quaisquer comentários sobre o assunto. Também um dos administradores da Diálogo Intenso, Miguel Pinto, não quis falar a O MIRANTE acusando o jornalista de estar a querer intrometer-se num “assunto comercial privado”.O Correio do Ribatejo esteve em risco de fechar no ano passado, mas uma sociedade constituída no final de 2011 adquiriu o jornal. A grande maioria do capital (90 por cento) da nova proprietária do semanário, a “Diálogo Intenso Lda”, é de uma empresa de consultadoria espanhola, mas a gerência está a cargo de uma sócia minoritária, Angelina Shipareva. A sócia maioritária tem como objecto social uma série de actividades que vão desde a construção civil a negócios imobiliários.A constituição da sociedade “Diálogo Intenso Lda” foi publicada no portal do Ministério da Justiça em 23 de Dezembro de 2011, quando eram conhecidas na cidade as dificuldades financeiras do jornal. A empresa é detida pela “Europtrading - Consultores Internacionales”, sediada em Espanha, em Talavera La Real (Badajoz), que entrou com nove mil euros do capital. Angelina Shipareva tem uma quota de mil euros e foi designada sócia-gerente. Em Setembro deste ano foi feito um aumento do capital social para 30 mil euros na proporção das quotas de cada accionista.