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Tribunais de Santarém que custaram quatro milhões metem água ao fim de sete meses

O edifício antigo onde foram gastos quatro milhões de euros para instalar o Tribunal da Concorrência e o Tribunal do Trabalho em Santarém começou a meter água ao fim de sete meses de funcionamento. Na primeira grande chuvada do ano, na quarta-feira à tarde, 24 de Outubro, a água começou a escorrer pelas paredes do edifício devido a problemas na cobertura. Nas instalações adaptadas da antiga Escola Prática de Cavalaria, propriedade da Câmara de Santarém, já eram visíveis também sinais de humidade nas paredes, há uns meses, sobretudo na sala de audiências do Tribunal do Trabalho e na secretaria do Tribunal da Relação, e ainda não tinha chovido. O vereador João Leite (PSD), em declarações a O MIRANTE, garantiu que a empresa que fez as obras está ao corrente da situação e que as reparações vão ser feitas ao abrigo da garantia da obra. João Leite explica que já tinham sido feitas vistorias ao edifício por técnicos do município e da empresa e que estas situações já tinham sido detectadas. Durante a adaptação já tinham sido aplicados materiais isolantes, que se verificou agora não serem suficientes, pelo que, sublinha o vereador, vai ser feito um reforço do isolamento. A obra de adaptação do edifício foi feita pela empresa ABB, a mesma que construiu o parque de estacionamento do jardim da liberdade e detém a concessão do estacionamento pago à superfície na cidade. Como a Câmara de Santarém não tinha capacidade para assegurar o pagamento da empreitada acabou por abdicar das rendas que o Ministério da Justiça vai pagar pela utilização do espaço em benefício da empresa. Recorde-se que a Câmara de Santarém e o Instituto de Gestão Financeira e de Infra-estruturas da Justiça fizeram um contrato de arrendamento por 15 anos das instalações. A renda mensal estipulada é de 36 mil euros, que não vão para os cofres da autarquia pois esta cedeu essas receitas futuras à empresa. A autarquia assumiu em Outubro de 2011 que não tinha condições financeiras para executar as obras e cumprir os prazos estipulados com o Ministério da Justiça.

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