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Torres de vigia da cadeia de Vale de Judeus poderão ser reconstruídas em betão

As quatro torres de vigia do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, Azambuja, construídas em metal, poderão ser substituídas por novas torres em betão. A intervenção, que constitui uma obra de fundo, está a ser avaliada pelo Ministério da Justiça. A garantia foi dada pelo gabinete da ministra, em resposta a um requerimento apresentado pelo deputado João Oliveira do grupo parlamentar do PCP, mas não são avançados prazos. A informação surge após O MIRANTE ter noticiado a falta de condições dos equipamentos. A tutela garante que as torres foram recuperadas em 2010 tendo sido, desde aí, objecto de constantes obras de manutenção e conservação. “Todas as torres permitem que a sua utilização, pelos elementos da guarda prisional, se faça com segurança”, lê-se na resposta. Tal como O MIRANTE noticiou em Outubro as torres de vigia da cadeia não oferecem as mínimas condições de segurança e higiene e num dos espaços o urinol é canalizado através de uma mangueira directamente para o pátio da prisão. O mau cheiro perturba guardas, funcionários do estabelecimento e reclusos. Os urinóis ficam no exterior da torre de vigia, ao ar livre, o que implica também que em alguns pontos os guardas não tenham privacidade para satisfazer as necessidades fisiológicas. Para o dirigente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Jorge Alves, os remendos nas placas metálicas para tapar os buracos que vão surgindo, bem como a simples pintura, não são suficientes para resolver o problema. O dirigente sindical lembra que as torres poderiam ser construídas com boa vontade e mão de obra prisional. Nas torres em chapa, construídas na década de 70, altura em que o estabelecimento ficou concluído, os guardas que dali vigiam os reclusos são sujeitos a altas temperaturas no Verão e a muito baixas temperaturas no Inverno. Para agravar a situação os fios eléctricos estão expostos à humidade e chuva podendo haver risco de electrocussão. A cadeia tem cerca de 500 reclusos a cumprir penas superiores a dez anos e 140 guardas.

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