A Junta de Freguesia de Almoster, Santarém, foi alvo de uma nova penhora, no valor de 48 mil euros, no âmbito de um processo que corre no Tribunal do Porto por uma dívida deixada pelo anterior executivo. João Neves, presidente da Junta de Freguesia de Almoster eleito pelo PSD, esclarece que a dívida gerou uma situação muito complicada, que está a impossibilitar este órgão autárquico de fazer o seu trabalho.Depois de uma primeira penhora, em Novembro de 2011, no valor de perto de 31,6 mil euros, a junta foi agora notificada desta nova penhora a que se juntarão as custas do tribunal e a percentagem devida à solicitadora.“A população tem o direito de saber para onde vai o dinheiro, porque estamos impossibilitados de fazer alguma coisa”, com a agravante de que a penhora incide sobre “créditos presentes e futuros, vencidos e não vencidos”, afirmou João Neves. Por isso, a junta afixou em vários locais da freguesia uma “informação à população” na qual dá conta de uma situação que a deixa sem receitas para o seu funcionamento,Nessa informação, a junta explica que a dívida resulta do facto de o executivo anterior não ter pago ao empreiteiro que realizou a obra de requalificação da Praça Vasconcelos Coutinho, orçada em cerca de 56 mil euros, apesar de ter recebido da Câmara de Santarém 33,5 mil euros para essa obra em Dezembro de 2008.O BNP Paribas assumiu a massa falida da construtora João Salvador, da qual consta a dívida da Junta de Freguesia de Almoster pela realização de duas obras, uma para requalificação da praça que se situa no centro da localidade, no valor de 34 mil euros, e outra, realizada em simultâneo, de saneamento básico (22 mil euros), acrescidas de juros.A Junta de Freguesia de Almoster assegura que “tudo fará para minimizar o impacto que esta nefasta e negra situação possa trazer a todos”, apelando à “união, esforço e compreensão” dos seus fregueses.