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Ausências de “Anita” geram desnorte na Câmara de Salvaterra de Magos

Ausências de “Anita” geram desnorte na Câmara de Salvaterra de Magos

O vice-presidente Manuel das Neves, que substitui a presidente Ana Cristina Ribeiro, mal abre a boca nas reuniões de câmara ou assembleias municipais, tem dificuldade em responder a algumas questões da oposição, mas garante que mesmo sem a autarca o município continua a funcionar muito bem.

A presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Ana Cristina Ribeiro (BE), esteve dois meses sem aparecer nas reuniões públicas da autarquia e raramente é vista nos paços do concelho ou em eventos públicos. O vice-presidente, Manuel das Neves (BE), que a substitui, não consegue adiantar muitas explicações sobre os problemas do concelho que vão surgindo e é com alguma dificuldade que dirige os trabalhos. Há cerca de um ano O MIRANTE já tinha chamado a atenção para as ausências de Ana Cristina Ribeiro. Uma situação que pouco mudou. Desta vez, um problema de saúde foi o motivo invocado. “Lamento que se ande a fazer um aproveitamento político da situação e que o mesmo não aconteça a outros”, explicou a autarca que apareceu na reunião de 5 de Dezembro. O vereador Jorge Burgal (PSD) em reunião do executivo anterior já pediu a suspensão do mandato. “Se a presidente não pode estar presente, deve renunciar ou suspender o mandato. Não me parece uma situação ética estas ausências cada vez mais longas. Não é por ter uma maioria que tudo pode ser feito”, notou. O vice-presidente, Manuel das Neves, já referiu que “o município está a funcionar muito bem quer internamente, quer externamente” com as ausências da presidente. O que levou o vereador Jorge Burgal a reparar que “a presidente não faz assim tanta falta”. É com alguma dificuldade que o número dois, Manuel das Neves, dirige os trabalhos nas reuniões, permitindo que os vereadores se interrompam uns aos outros no decurso das suas intervenções. São muito poucas as respostas que consegue dar aos vereadores da oposição, revelando algum desconhecimento das matérias tratadas e remetendo a resposta para a próxima reunião. Uma postura que já acabou por ser colocada em causa numa das últimas assembleias municipais quando não soube responder às dúvidas de natureza política colocadas sobre o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), pedindo ajuda aos técnicos do município. Reuniões de câmara sucessivamente adiadasA juntar a tudo isto somam-se os sucessivos adiamentos das reuniões de câmara que provocam transtornos não só aos vereadores da oposição, como também aos próprios munícipes que pretendem assistir. A reunião que se realizou a 30 de Novembro chegou a ser adiada duas vezes. “Na prática, o vice-presidente não substitui a presidente porque nem sequer consegue assegurar o cumprimento normal das reuniões de câmara, o que só revela a sua incapacidade”, nota o vereador Hélder Esménio (PS). Na penúltima reunião, Manuel das Neves chegou a retirar dois pontos que constavam da ordem do dia: a proposta de redução das taxas a cobrar de derrama e de IRS, não adiantando explicações para tal decisão já que referiu que ambas não sofreriam alterações. Nota-se ainda o atraso de sete meses na aprovação das actas, quando a legislação obriga a que sejam aprovadas na reunião seguinte, ou a inexistência de um regimento que regule o funcionamento das sessões camarárias.
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