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Tribunal anula concurso da Câmara do Entroncamento

Vigilância do parque de estacionamento subterrâneo passa para outra empresa

O júri não atendeu reclamações de três empresas e os recursos apresentados posteriormente foram recusados por terem sido dirigidos ao presidente da câmara em vez de serem dirigidos ao executivo. Uma exposição da Associação de Empresas de Segurança sobre grande diferença entre o preço base e o preço da proposta vencedora também não foi considerada.

Uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria, obrigou a Câmara do Entroncamento a rescindir o contrato com a empresa Global Protector para a prestação de serviços de vigilância do parque de estacionamento subterrâneo, situado na Praça Salgueiro Maia. A decisão judicial foi tomada na sequência de uma acção de impugnação do concurso público para a prestação daquele serviço. O contrato, assinado a 16 de Dezembro do ano passado, para vigorar durante dois anos, cessou no dia 15. Para cumprimento integral da sentença, o executivo do município decidiu ainda, na reunião pública de 4 de Dezembro, celebrar um contrato para a vigilância do parque com a empresa que ganhou a acção, Sociedade Esabe Vigilância, uma vez que “o vício da proposta vencedora é extensível aos restantes concorrentes”.O concurso público para a prestação de serviços de vigilância do parque de estacionamento subterrâneo da praça Salgueiro Maia foi aberto a 10 de Outubro de 2011. O valor base era de 78 mil euros e o critério para encontrar o vencedor era o “mais baixo preço”. Concorreram 11 empresas tendo a proposta vencedora apresentado uma proposta de 60.600 euros. No período de audiência prévia houve três empresas que apresentaram reclamações que não foram tidas em conta, nomeadamente a não apresentação de “nota justificativa do preço” que era pedida no programa do concurso, por vários concorrentes. Uma das empresas reclamantes foi a que posteriormente colocou a acção em tribunal (Asabe - Vigilância), tendo conseguido fazer valer a sua posição. Na reunião do executivo realizada em 5 de Dezembro do ano passado, em que foi decidida a adjudicação do serviço de vigilância à Global Protector, foi também dado conhecimento de um recurso hierárquico facultativo da Ronsegur e uma exposição da Associação de Empresas de Segurança que não foram tidos em consideração. Apenas o vereador do BE, Carlos Matias, foi sensível aos argumentos da associação, tendo votado contra e feito a seguinte declaração de voto: “Votei contra porque me parecem pertinentes e a ter em conta os dados e o alerta recentemente transmitido pela Associação de Empresas de Segurança (ASER). Pelo que agora nos é presente, estaremos perante um caso de dumping social e, em minha opinião, a Câmara Municipal do Entroncamento não deverá pactuar com tal procedimento. O argumento de que, em qualquer circunstância, deveremos optar pelo mais baixo preço é inaceitável, na medida em que nos conduziria a uma regressão social”.

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