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Mais de metade do orçamento da Câmara do Cartaxo é para pagar dívida

Mais de metade do orçamento da Câmara do Cartaxo é para pagar dívida

Presidente Paulo Varanda fala do “reequilíbrio financeiro” das contas do município
Sessenta por cento do orçamento da Câmara Municipal do Cartaxo para 2013, que no total ronda os 72 milhões de euros, vai servir para pagar dívida do município. Trata-se de dinheiro do PAEL - Programa de Apoio à Economia Local (17,7 milhões) e do Plano de Reequilíbrio Financeiro (27 milhões) que funcionam como empréstimos. Na prática, tirando o dinheiro emprestado e os fundos comunitários, o orçamento corresponde a cerca de 21 milhões. “É o que temos concretamente para a gestão do ano que se aproxima. Um terço do ano passado. É o orçamento possível que não deixa de dar apoio às colectividades e forças vivas”, resume o presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Varanda (PS). O autarca descreve o orçamento como um passo para atingir o reequilíbrio financeiro do município. “Este é um orçamento para atingir a estabilidade”, assegura.Apenas uma pequena parte do orçamento será canalizada para investimento. A prioridade do município será dar continuidade a obras comparticipadas por fundos comunitários. A câmara adiantará cerca de 900 mil euros para investimentos que correspondem a cerca de oito milhões de euros. Trata-se da construção da Escola Básica 2/3 Cartaxo/Vila Chã de Ourique, orçada em cinco milhões de euros, mobilidade, rede viária, beneficiação de caminhos e arruamentos no concelho e ainda a infra-estruturação do Valley Park que ronda os 2,2 milhões de euros. “São compromissos que já estavam anteriormente assumidos e que trazemos para o terreno não os perdendo”, analisa.As grandes opções do plano e orçamento foram aprovados na sessão da Assembleia Municipal do Cartaxo, que decorreu na quinta-feira, 27 de Dezembro, nos paços do concelho, pela maioria socialista com os votos contra do PSD, CDU e Bloco de Esquerda.O PSD, pela voz de Vasco Cunha, considera que tanto o PAEL como o reequilíbrio financeiro representam encargos financeiros para os próximos 20 anos que só podem responsabilizar uma única força política do concelho, o PS, que “ao longo de 40 anos dirigiu os destinos políticos” e é responsável pela despesa no concelho do Cartaxo. Os social-democratas acreditam que nem a ajuda externa será suficiente para resolver o desequilíbrio das contas do município. O deputado do Bloco de Esquerda, Pedro Mendonça, considerou que Paulo Varanda não se pode demitir das responsabilidades que teve no passado como vice-presidente da câmara, fazendo a câmara chegar à situação que chegou, já que não nasceu de “geração espontânea”. A CDU votou contra argumentando apenas que este é “o orçamento do PS”.
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