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Assembleia de Azambuja aprova o orçamento mais baixo dos últimos anos

Oposição diz que se trata do “fim de ciclo” de Joaquim Ramos
A Câmara de Azambuja vai ter em 2013 o orçamento mais baixo dos últimos anos. São 17,8 milhões de euros. Um valor que é conseguido graças à inclusão nas contas das verbas do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), que se cifraram nos 3 milhões e 548 mil euros. Sem essa ajuda do governo, Azambuja iria ter de gerir o próximo ano com apenas 14 milhões e 330 mil euros. O orçamento foi aprovado na última assembleia municipal com os votos favoráveis apenas dos eleitos do PS. “É o orçamento possível dentro das limitações que temos. Dantes podíamos fazer umas engenharias financeiras que podiam resolver alguns problemas de curto prazo mas hoje em dia isso é impossível. A nossa actividade é extremamente limitada”, lamentou Joaquim Ramos (PS) aquando da apresentação do orçamento na última reunião pública de câmara. Recorde-se que o orçamento de 2012 foi de 19 milhões e 616 mil euros. O autarca justificou a magreza dos números previstos para 2013 com os cortes nas transferências do Estado para o município, com as limitações impostas pela lei das finanças locais e a lei dos compromissos. Na assembleia municipal juntou um novo argumento. “O Governo insiste em conceder isenções fiscais a empresas instaladas na zona industrial entre Azambuja e Vila Nova da Rainha, sem passar cavaco à câmara, o que nos retira centenas de milhares de euros por ano em impostos e taxas”, criticou o autarca. Ramos informou ainda que a dívida do município está a baixar ao ritmo de um milhão de euros por ano. Mesmo assim, ainda deve acima de 22 milhões de euros. A oposição criticou fortemente o documento e apelidou-o de “fim de ciclo”. António Godinho, da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, lamentou que Joaquim Ramos não tenha tido capacidade de gerar novas ideias para tirar o concelho do marasmo. “É um orçamento para uma gestão de deixa andar sem a ambição de dar um futuro melhor para o concelho em termos sociais e económicos”, frisou. O eleito do Bloco de Esquerda, Daniel Claro, foi ainda mais duro na apreciação do documento. “Não tiveram capacidade para bater o pé e exigir, por exemplo, as contrapartidas do aeroporto da Ota. Vocês falharam. Este orçamento espelha a vossa falta de capacidade de liderança. Contenção nas despesas qualquer merceeiro faz, precisávamos de mais”, acusou. A CDU, pela voz de David Mendes, considerou que o orçamento de Azambuja para o próximo ano é “miserável”. A Coligação pelo Futuro da Nossa Terra e Bloco de Esquerda votaram contra o orçamento e a CDU absteve-se.

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