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Câmara de Vila Franca procura solução para não perder 1,5 milhões investidos em projecto do IAC

O Instituto de Apoio à Comunidade do Forte da Casa não tem dinheiro para terminar a construção da Unidade de Cuidados Continuados da freguesia mas a Câmara de Vila Franca continua a acreditar no projecto. Maria da Luz Rosinha anunciou estar à procura de parceiros para concluir a obra.Devido à incapacidade do Instituto de Apoio à Comunidade, a braços com dificuldades financeiras, em concluir a Unidade de Cuidados Continuados do Forte da Casa, é a câmara que agora está a tentar encontrar parceiros para o projecto para que o investimento já feito não se perca. A presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha (PS), diz que está empenhada numa solução que garanta mais um equipamento de apoio social no concelho até porque este não tem resposta suficiente para idosos acamados e doentes dependentes.Maria da Luz Rosinha sublinha que existe neste momento na Área Metropolitana de Lisboa uma “grande insuficiência” de resposta na área dos cuidados continuados e que por isso “há todo o interesse” em continuar a acreditar no projecto. A autarca explica que “não havendo condições por parte do Instituto de Apoio à Comunidade (IAC) é possível fazer-se uma parceria com outras entidades, na medida em que foi mantida em orçamento a verba para esta obra”.O terreno onde as obras arrancaram foi cedido pela câmara ao IAC, entidade responsável pelo equipamento. A instituição de solidariedade não conseguiu concluir a empreitada devido à situação financeiramente aflitiva que levou à demissão do presidente e fundador da instituição, António José Inácio, que é também presidente da Junta de Freguesia de Forte da Casa. Actualmente o IAC não tem dinheiro para concluir os trabalhos, que estão parados há mais de um ano por falta de financiamento.A agravar o cenário está o facto de o orçamento para a obra ter sofrido grandes derrapagens. De um orçamento inicial de dois milhões e 900 mil euros em Abril de 2010 passou para sete milhões e 250 mil euros no Verão de 2011, altura em que a obra parou por falta de financiamento da banca. A culpa para as derrapagens do orçamento assenta na complexidade dos trabalhos, uma vez que o edifício está a ser construído numa zona de elevado declive. Só em desaterros e fundações já foram gastos no local dois milhões e 250 mil euros.O empenhamento da presidente de câmara visa também garantir que o dinheiro que o município já investiu na obra não se perca. A autarquia já gastou no projecto 1,5 milhões de euros. A construção da unidade foi anunciada em Abril de 2010 e previa-se que as obras arrancassem em Junho desse ano, estando concluídas num espaço de seis meses. No início de 2011 os responsáveis do IAC garantiam que a obra estava em curso mas no Verão os trabalhadores e as máquinas abandonaram o estaleiro por falta de pagamento. “Não se percebe como foram gastos dois milhões de euros a abrir uns buracos e a colocar uns ferros no chão”, criticou Edília Henriques, deputada da coligação Novo Rumo, na última assembleia municipal.O IAC foi criado há 25 anos. É um dos maiores empregadores do concelho com quase 200 trabalhadores. O IAC tem creches, jardim-de-infância, ATL, apoio domiciliário, centro de dia e residências para idosos.

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