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Misericórdia de Santarém pede insolvência da empresa Campus XXI da qual faz parte

Sociedade foi criada para construir parque de saúde e bem-estar mas em nove anos nada foi feito
A Santa Casa da Misericórdia de Santarém requereu no Tribunal de Santarém a insolvência da empresa Campus XXI que ia construir um parque de saúde e bem-estar na Quinta das Fontainhas. A misericórdia que tem cinco por cento do capital da empresa e detém a posse do espaço onde ia ser feito o equipamento, sustenta que em nove anos a única coisa que foi feita foi a constituição da sociedade. A Campus XXI tinha celebrado um protocolo com a instituição de solidariedade em que se comprometia a pagar a esta cinco mil euros mensais pelo espaço mais dois por cento da facturação quando o projecto entrasse em funcionamento. Mas a misericórdia, alega, não recebeu qualquer verba. O passivo da sociedade tem sido, segundo o processo, superior ao activo por mais de cinco anos consecutivos. Com o pedido de insolvência a Misericórdia quer-se livrar de uma situação em que não tem tido qualquer vantagem, mas sobretudo libertar os terrenos que ao abrigo do protocolo estão reservados para o parque de saúde e assim puder construir outros equipamentos sociais bem como uma quinta pedagógica. Já no início de 2011 o provedor da misericórdia, Mário Rebelo, manifestava a intenção da instituição abandonar a sociedade porque este não avançava e entretanto tinham sido criadas respostas sociais na cidade que esvaziavam este projecto. Esta posição já tinha sido expressa por alguns irmãos numa assembleia-geral, onde se referiu que a Campus XXI não apresentava contas à Misericórdia de Santarém e que seria uma “empresa fantasma” da qual a instituição se devia desvincular. A sociedade é constituída também pelas empresas Jocolgest, a PMU, Serviços Médicos, Lda e a IMI - Imagens Médicas Integradas e Ressonância Magnética. A intenção era interessante à época em que apareceu, 2003, mas acabou por se revelar um fracasso. A ideia para a quinta que pertence à Segurança Social e foi cedida à Misericórdia em direito de superfície por 99 anos, era transformá-la num empreendimento com valências nas áreas da saúde e social. Na saúde previa-se a disponibilização de serviços como medicina física de reabilitação, imagiologia, patologia clínica e anatomia patológica, medicina ocupacional, além de hospital de dia para doentes oncológicos e hospital para idosos acamados e dependentes. A componente social contemplava residências para idosos, creche, jardim-de-infância e ocupação de tempos livres, além de uma quinta pedagógica aberta à população.

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