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Manuel José Correia

57 anos, empresário, Chamusca

“Cada um tem o direito a fazer as suas opções e nós só temos que respeitar. Mas, na minha opinião, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é contranatura, não tem nada a ver com o fim com que o homem e a mulher foram criados”* * *“Os sonhos vão aparecendo e eu vou tentando realizá-los. Neste momento, quero que a minha empresa dê resultado e continue a ser um sucesso. Quero sobretudo continuar a ter a confiança dos trabalhadores e dos clientes”

O que lhe agrada mais numa mulher, retirando a beleza interior?Gosto de ver uma mulher bem vestida e bem maquilhada, a beleza exterior também é bonita de se ver...Concorda com o casamento entre pessoas do mesmo sexo?Não. Cada um tem o direito a fazer as suas opções e nós só temos que respeitar. Mas, na minha opinião, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é contra-natura, não tem nada a ver com o fim com que o homem e a mulher foram criados.Os padres deveriam poder casar?Também não. Quando optam pela vida eclesiástica optam também pelo celibato, por isso não aceito que se possam vir a casar.O Governo continua a apertar com os portugueses e vai por um caminho que toda a gente diz que não leva a lado nenhum. É o Governo que está bem e todos os outros é que estão mal?Não, de modo algum. Quem está mal é o Governo e pior do que estar mal é ser ditador. Todas as instâncias nacionais e internacionais avisam que esta política de austeridade só traz mais pobreza e, teimosamente, Passos Coelho e os seus pares só querem agradar à Merkel e companhia. Para eles os portugueses não contam.A que se deve o sucesso dos reality shows nas televisões?É ao prazer que as pessoas têm em saber a vida dos outros. Adoramos saber as figuras tristes que cada um faz em casa (risos). São programas sem qualquer conteúdo cultural ou informativo, mas chegamos a um ponto em que a vida já está tão complicada que estes programas ajudam a descontrair e a sorrir mesmo que seja com muitos disparates.É proprietário de um pequeno comércio. Também está doente?Está doente e com gravidade. As pessoas não têm dinheiro para gastar. As grandes superfícies vieram dar um pontapé ainda maior. E é cada vez mais difícil manter a porta aberta. As dificuldades são cada vez maiores.Ainda tem muitos sonhos para concretizar?Os sonhos vão aparecendo e eu vou tentando realizá-los. Neste momento, quero que a minha empresa dê resultado e continue a ser um sucesso. Quero sobretudo continuar a ter a confiança dos trabalhadores e dos clientes.Acredita no Serviço Nacional de Saúde?Como ele está não. E pior ainda é vermos que a tendência é para piorar. Aqui no concelho da Chamusca é o que se vê. São as extensões de saúde a fechar, são os idosos a ficar sem apoio, e quando precisamos de um médico não há. Parece que a ideia é acabar com uma grande parte das pessoas doentes e mais frágeis para poupar uns tostões nas reformas e nos medicamentos.Os pais devem ser responsabilizados pelo mau comportamento dos filhos nas escolas?Muitas crianças portam-se de uma maneira à frente dos pais e depois na escola têm outras atitudes. É difícil generalizar porque cada caso é um caso. Acho que se os pais têm responsabilidades os professores também têm. É uma pergunta de difícil resposta. Educar uma criança começa nos pais, mas é complementada pelos professores.O que era capaz de fazer para dar de comer a um filho se não tivesse dinheiro?Pelo meu filho faço tudo. Felizmente nunca cheguei a essa situação. Mas hoje em dia, como isto está, consigo compreender o desespero em que algumas pessoas podem cair por não terem dinheiro.Como é que olha para o comportamento dos portugueses nesta altura de dificuldades?Somos um povo muito pacato, que se deixa estar no seu cantinho. Estão a tirar-nos tudo e não se vê grandes manifestações. Infelizmente, somos muito resignados e pacientes. Se tivéssemos um temperamento igual aos gregos já tinha ido tudo pelo ar. Cometeu alguns excessos com os doces no Natal e na passagem de ano?Nestas alturas não costumo abusar muito... só depois (risos). Fico logo cheio só de ver tantos bolos. Só apetece quando já não os temos. Mas habitualmente cá em casa não somos de grandes abusos. Comemos normalmente e não somos muito de doces.

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