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“Preparar o futuro não é cuidar somente da economia”

Bispo de Santarém defende uma mudança de paradigma e de atitudes para tornar a sociedade mais justa
A actual situação social, política e económica do país não escapou à análise do bispo de Santarém, que na sua homilia proferida no dia de Ano Novo referiu que 2013 deve servir para fomentar a esperança e preparar um futuro melhor. E D. Manuel Pelino Domingues é bem claro nas palavras escolhidas ao referir que “preparar o futuro não é cuidar somente da economia” e que “nem só de pão vive o homem”. “Todos precisamos de pão, todos têm direito ao trabalho e todos sofremos quando o pão não chega ou o desemprego atinge muita gente, como agora”, referiu o prelado, ressalvando no entanto que “a felicidade, o sentido e a realização da vida humana, não dependem só do bem estar económico, sobretudo não dependem só do luxo, do consumismo, do estilo de vida acima das nossas posses”. Na celebração da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, Dia Mundial da Paz, que decorreu na Sé de Santarém a 1 de Janeiro, D. Manuel Pelino considerou que “preparar um futuro melhor, não é apenas pagar as dívidas económicas mas procurar também mais justiça, mais fraternidade e solidariedade, mais paz e alegria”.Lembrando que “cada ano que começa é sempre encarado como uma nova oportunidade na qual projectamos a aspiração de uma vida melhor, de um futuro mais risonho”, o bispo de Santarém diz que “para preparar um mundo melhor não podemos exigir as soluções perfeitas ou as melhores condições já no imediato ou a curto prazo mas devemos ter em perspectiva o amanhã e olhar para o futuro”.Ou seja: “A esperança leva-nos a ver a longo prazo, a confiar em Deus, na vida e nas capacidades humanas de rever e refazer percursos e comportamentos. A esperança traduz-se, portanto, em prever, programar e pôr em prática, com coragem e esforço, um caminho progressivo para um futuro melhor. Não deixamos condições mais favoráveis às gerações de amanhã, se não nos sacrificarmos no presente. Se quisermos tudo em função do nosso proveito imediato podemos tornar-nos uma geração egoísta, sem sentido de solidariedade com a sociedade que há-de vir”.

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