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A energia musical dos Ashes já dura há quinze anos

A energia musical dos Ashes já dura há quinze anos

Banda rock de Tomar celebra aniversário com concerto na terra natal

Os Ashes reúnem diversas influências que resultam num som alternativo, fora dos padrões do rock mais comercial, que pode ser ouvido no Cine-Teatro Paraíso na sexta-feira, 18 de Janeiro.

Não é todos os dias que uma banda rock de província que só toca originais e canta em inglês celebra 15 anos. Foi este o motivo que levou O MIRANTE a tentar conhecer melhor os Ashes (cinzas em português) um grupo de Tomar que vai comemorar a efeméride com um concerto no Cine-Teatro Paraíso, a partir das 22h00 de sexta-feira, 18 de Janeiro. Actualmente a banda é composta por David Pais (voz), Eduardo Serraventoso (guitarra), Marco Rosa (violino), Pedro Caldeira (guitarra), João Cardoso (baixo) e Ricardo Neto (bateria).A conversa decorre numa casa emprestada, na Estrada de Leiria, onde o grupo ensaia sempre que pode. Inicialmente chamaram-se Strangers, “como estranhos que ninguém conhecia”, explica Pedro Caldeira, da formação inicial da banda, tal como Eduardo Serravantoso. Mais tarde, decidiram que Ashes Rain (chuva de cinzas) soaria melhor. Conta o guitarrista que, no Verão, quando há incêndios costuma cair uma autêntica chuva de cinzas na cidade e foi esse o motivo pelo qual escolheram o nome. Mais tarde decidiram encurtar o nome para Ashes e assim permaneceu. Ao longo de vários anos de progressão, os Ashes acabaram por reunir diversas influências, o que resulta num som muito próprio e variado, fora dos padrões comerciais, onde surgem momentos de alguma fúria e ritmos pesados a par de outros mais melancólicos. Para se conseguir esta sonoridade singular, recorrem às melodias das guitarras, a um violino usado de forma excêntrica e a vocalizações muito variadas. Quase todos os elementos da banda são oriundos de Tomar à excepção do vocalista, David Pais, que é de Ovar. Uma banda premiada que já tocou na Festa do AvanteOs Ashes já foram requisitados para diversos tipos de actuações. Destacam a participação conquistada na Festa do Avante em 2006 através de concurso regional e nacional. Em 2007 conquistaram o 1º lugar no Festival Rock do Oeste e o 1º lugar no 3º Concurso Nacional de Bandas - Música Moderna organizado pela Câmara do Entroncamento. A 5 de Outubro de 2007 lançaram o seu EP de autor, totalmente gravado, misturado e produzido pela banda. Em 2008 foram considerados a melhor banda pelo público do 4º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal e conquistaram o 1º lugar no 2º Concurso de Bandas de Garagem organizado pela Câmara de Constância. Em 2009, sem parar com as actuações ao vivo, começaram a preparar o seu segundo trabalho para 2011/2012, “Ecila” (Alice lido de forma invertida). Inspirado na saga de “Alice no País das Maravilhas”, o disco apresenta seis temas que exploram a versatilidade musical do grupo. As músicas dos Ashes são todas escritas e cantadas em inglês já a pensar no grande sonho da carreira internacional, confessam. “Se pudéssemos viver exclusivamente da música éramos os homens mais felizes do mundo”, refere David Pais.Quem são os Ashes A maioria dos elementos dos “Ashes” são de Tomar. A excepção é David Pais (vocalista), 27 anos, natural de Ovar e a morar actualmente em Lisboa. Nunca teve aulas de canto e diz que foi o amor pela música, aliado à vontade de tocar e compor, que o levou até à banda. É operador de call-center e músico e conheceu os “irmãos ashesianos” em Tomar, em 2004, quando se mudou de Ovar para Tomar. Foi convidado a fazer uma audição e ficou. Pedro Caldeira (guitarrista), 31 anos, é natural de Tomar mas mora em Lisboa onde trabalha como engenheiro de software. Toca guitarra e frequentou o curso de guitarra popular durante seis meses na Associação Canto Firme. Membro fundador da banda, conta que quando surgiu a ideia de a constituir pegou na guitarra para experimentar composições. Veio a conhecer os novos membros através de amigos comuns ou de audições. Ricardo Neto (bateria) tem 29 anos, nasceu e vive em Tomar, onde é comerciante. Aprendeu a tocar bateria sozinho mas chegou a ter formação no Hot Club. Conheceu os Ashes em 1998, através do antigo vocalista e de uma amiga que lhe disse que a banda estava a precisar de um baterista, juntando-se à banda pouco depois. Eduardo Serraventoso (guitarrista), 32 anos, é natural e residente em Tomar. Fez várias formações no âmbito da guitarra clássica e eléctrica, passando pela Canto Firme, Sociedade Filarmónica Gualdim Pais e a Academia de Música de Tomar. Ser guitarrista é a sua principal ocupação. Conhecia pessoalmente um dos antigos membros que o convidou para assistir a um ensaio dos The Strangers (antigos Ashes) e no dia 2 de Janeiro de 1998 juntou-se à banda. Marco Rosa (violino), 27 anos, nasceu em Tomar mas actualmente mora no Porto onde frequenta o curso de Produção e Tecnologias da Música na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE). Antes já tinha a equivalência ao 5.º grau de violino tirado na Escola de Música da Canto Firme. Aprendeu a tocar bateria sozinho e tem o curso de DJ PioneerProDj. Já conhecia os Ashes de vista e assistia aos seus concertos. Em 2004, sabendo que o lugar de vocalista estava vago ofereceu-se para o lugar mas quando referenciou que sabia tocar violino fez o casting e passou. João Cardoso (viola baixo), 26 anos mora em Tomar e aprendeu a tocar viola em classes particulares. Diz que a sua profissão é ser artista, tendo conhecido os elementos da banda há quatro anos quando o antigo baixista deixou o grupo. Fez uma audição e ficou. A música é a sua grande paixão.
A energia musical dos Ashes já dura há quinze anos

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