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Empresas não estão a aproveitar o potencial da mão-de-obra jovem disponível

Empresas não estão a aproveitar o potencial da mão-de-obra jovem disponível

Ministro Miguel Relvas veio a Santarém assinar protocolos de colaboração no âmbito do Programa Impulso Jovem e informou que este será alargado à região de Lisboa e Vale do Tejo.

Quatro meses após a implementação do programa Impulso Jovem, o Governo decidiu expandir o projecto abrangendo também a região de Lisboa e Vale do Tejo. Apesar da região não estar incluída no financiamento europeu, o Governo decidiu avançar com o programa nesta região com o apoio do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, veio a Santarém na manhã de segunda-feira, 14 de Janeiro, assinar o protocolo de cooperação Impulso Jovem com os representantes da Associação Nacional de Empresários, Associação Portuguesa de Deficientes e Confederação dos Serviços de Portugal. A sessão de esclarecimento e a assinatura de protocolos realizou-se no auditório do Centro de Formação de Santarém e contou com a participação da presidente da Nersant, Salomé Rafael, do presidente do IEFP, Octávio Oliveira, do director executivo do Programa Impulso Jovem, Vítor Moura Pinheiro, e do presidente do Compete, Franquelim Alves.Miguel Relvas garante que o programa Impulso Jovem começa a contribuir para minorar a difícil situação do desemprego jovem em Portugal. Para isso há que combater o “desconhecimento” que os empresários ainda têm sobre “esta forma de estimular” a contratação de jovens inscritos nos centros de emprego. “Muitos jovens não encontram trabalho mas há outra forma de olhar para esta realidade. As empresas não estão a aproveitar o potencial da excelente mão-de-obra disponível existente em Portugal”, reforçou o ministro durante o seu discurso.Em 2012, mais de 71 mil jovens foram abrangidos em acções de formação profissional certificada, ou seja, mais 16 mil do que no ano anterior. Relvas afirma que o Governo está a aproveitar fundos europeus para combater o desemprego jovem e é sua intenção aderir “o mais cedo possível” a outra iniciativa comunitária, a Garantia Jovem, que se encontra ainda em fase de concepção. “O Governo antecipa-se assim a esta recomendação de Bruxelas e, através do Impulso Jovem, pretende dar já os primeiros passos na sua aplicação aliando a concretização de estágios profissionais à formação profissional”, explicou.O ministro fez questão de sublinhar que o sucesso no combate ao desemprego não se consegue sem o “envolvimento” da comunidade, das organizações da sociedade civil, da economia social e das empresas. “Não bastam os incentivos financeiros, mas a luta contra o desemprego é uma tarefa que exigirá aos portugueses também um forte espírito de solidariedade. Estamos no bom caminho para encontrarmos soluções que proporcionem à juventude portuguesa um futuro melhor”, concluiu.O que é o programa Impulso Jovem?O programa Impulso Jovem destina-se a pessoas dos 18 aos 30 anos que procurem oportunidades de emprego e o objectivo é criar oportunidades para os jovens mostrarem o seu valor no mercado de trabalho. O programa apoia-se em três eixos: estágios profissionais, apoio à contratação e ao empreendedorismo e apoios ao investimento. Os estágios profissionais estão previstos em vários sectores de actividade nomeadamente na economia social, agricultura, associativismo juvenil e desportivo, mas também nas empresas que tenham projectos de investimento nas áreas da inovação, industrialização, ou internacionalização. Para participarem no programa os jovens têm que estar inscritos nos centros de emprego do IEFP há pelo menos quatro meses. O apoio à contratação, designadamente através do reembolso da taxa social única às empresas que recebem os jovens estagiários, visa diminuir os custos associados à contratação dos mais jovens, desempregados há mais de 12 meses, com a contrapartida de lhes proporcionar um contrato de trabalho a tempo completo. O Impulso Jovem actua nos dois lados do mercado de trabalho e estabelece as condições para que as empresas criem postos de trabalho qualificados e duradouros, ultrapassando as actuais restrições ao financiamento que enfrentam, e simultaneamente ajustando o seu padrão produtivo ao novo paradigma de modelo económico sustentável ambicionado.
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