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Uma dentista que faz milagres na auto-estima dos pacientes

Uma dentista que faz milagres na auto-estima dos pacientes

Leila Brandão tem clínica em Tomar há treze anos

Apaixonada pelo que faz, Leila Brandão decidiu que queria ser dentista com apenas 16 anos, altura em que frequentava o 10.º ano. Ia para as aulas de manhã e de tarde ajudava uma tia que tinha um consultório.

O dentista não trata apenas dos dentes de quem se senta na cadeira do consultório. O seu trabalho é muito mais complexo e pode fazer milagres na auto estima da pessoas. Quem o diz é Leila Brandão, 42 anos, médica dentista que abriu há 13 anos uma ampla e moderna clínica de medicina dentária na Rua João Casquilho, perto da Rodoviária, em Tomar. “Não basta tratar um dente, temos que tratar do paciente como um todo. Além do sorriso há a parte funcional, mastigatória, que tem a ver com a saúde”, refere com suave sotaque do Brasil, país que deixou há 18 anos rumo a uma vida nova. Apaixonada pelo que faz, Leila Brandão decidiu que queria ser dentista com apenas 16 anos, altura em que frequentava o 10.º ano. Ia para as aulas de manhã e de tarde ajudava uma tia que tinha um consultório. Para a médica, especializada em Ortodontia (correcção do posicionamento dos dentes ou dentes tortos) a parte psicológica é também, muitas vezes, tratada entre as paredes das duas salas que a clínica tem ao dispor dos pacientes. “Somos um pouco psicólogos”, explica. Sem a dor de dentes que o apoquenta, devolvendo o sorriso ao paciente e aliviado por ter desabafado, o paciente sai com uma auto-estima elevada. As duas funcionárias que atendem na recepção também colaboram neste processo e são simpáticas, boas ouvintes e até conselheiras. Para Leila Brandão, a crise económica que assola Portugal não tira a vontade de sorrir aos portugueses embora quem tenha problemas dentários costume sorrir com a mão na boca.A médica dentista aconselha que quem está desempregado ou com a moral em baixo a investir na sua saúde oral e aparência estética. Mesmo quem não tenha possibilidades monetárias para tratar a boca toda em quinze dias pode ir fazendo a reabilitação aos poucos. “Começamos sempre por reabilitar a fachada principal do sorriso, porque com os dentes feios e sem um sorriso como se consegue arranjar emprego?”, interroga Leila Brandão, que aconselha pelo menos, quem tem menos posses, venha tratar um dente por mês. Optimista por natureza, Leila Brandão reconhece que, felizmente, a Clinica Dentária que gere com muita paixão não sente ainda os efeitos da crise e prepara-se para montar uma terceira cadeira e reestruturar toda a imagem, interior e exterior, da clínica. Para a médica, um bom sorriso é a base da auto-estima. “Todos os dias a primeira coisa que fazemos é ir à casa de banho e olhar para o espelho. Se não gostarmos do que vemos, o que acontece? Ficamos de mau-humor”, atesta. A principal dificuldade para quem trabalha nesta área é a concorrência e o surgimento de muitos profissionais, vindos de novas universidades. No entanto, para Leila Brandão, a concorrência obriga a melhorar o desempenho e leva os dentistas a especializarem-se cada vez mais para se distinguirem no mercado e cativar os clientes. “A concorrência baixa os preços e aumenta a qualidade dos trabalhos”, salienta, acrescentando que, ao longo da sua carreira, tem vindo a apostar na especialização, frequentando diversos cursos e acções de formação. A médica dentista é crítica em relação aos recém-licenciados que são, muitas vezes, “explorados” ao trabalharem com convénios (seguros dentários) que cobram pouco ao paciente, alertando que “o barato sai caro”.Quando ouve alguém dizer que ir ao dentista é caro, relembra que manter uma estrutura deste género, toda de acordo com as normas legais e de higiene impostas e com todas as licenças e impostos pagos, requer um grande investimento da sua parte. Para combater o medo que muitos ainda têm do dentista, fruto de experiências anteriores, o truque passa por descontrair o paciente. “Eu falo antes, durante e depois. Estou sempre a contar uma piada ou a falar com a minha secretária”, refere, contando que a simpatia acaba sempre por ser a melhor estratégia para conquistar o cliente. O balanço que faz da sua carreira em Portugal é “cem por cento positivo”. Os seus escapes são os filhos, de 12 e 10 anos, a casa onde recebe muitos amigos e as viagens que vai fazendo ao longo do ano, nem que seja apenas um fim-de-semana prolongado.
Uma dentista que faz milagres na auto-estima dos pacientes

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